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Papa nega visita a Israel devido a crítica de Pio 12, diz padre

da Efe, em Roma
O papa Bento 16 não visitará Israel enquanto não for suprimida frase sob a foto de Pio 12 no Museu do Holocausto que questiona a conduta do ex-líder da Igreja Católica ante o extermínio de judeus na Europa. A informação foi dada neste sábado pelo padre jesuíta Peter Gumpel, que defende a beatificação de Pio 12.
A imprensa italiana publicou as declarações de Gumpel sobre o desejo de Bento 16 de visitar Israel e sua recusa por causa do comentário sobre Pio 12 (1876-1958), que foi papa entre março de 1939 e outubro de 1958.
"Até que a epígrafe seja eliminada, Bento 16 não pode visitar Israel, pois seria um escândalo para os católicos", declarou Gumpel.
Na epígrafe está escrito que quando os relatórios sobre o Holocausto chegaram ao Vaticano, Pio 12 não reagiu com protestos escritos ou verbais e que em 1942 ele não condenou o extermínio ao lados dos Aliados. Conforme a inscrição, o papa também não teria feito nenhuma intervenção no episódio da deportação de judeus de Roma para Auschwitz.
Após as declarações de Gumpel, o porta-voz do Vaticano, o também jesuíta Federico Lombardi, afirmou que a epígrafe sobre Pio 12 é algo "relevante", mas "não é um fato determinante" na decisão de uma possível viagem do papa a Israel. Lombardi acrescentou que a viagem a Israel é, como já se sabe, um "desejo" do papa, mas que ainda não se concretizou.

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