Ubatuba

Os rankings da OCDE

Corsino Aliste Mezquita
A revista VEJA (Páginas amarelas- Edição 2072 – ano 41, n° 31 de 06-08-08) publicou entrevista com o físico alemão, ANDREAS SCHLEICHER, responsável pela aplicação das provas para a elaboração do indicador PISA (sigla em inglês para o programa internacional de aferição de estudantes sob a responsabilidade da OCDE). A entrevista enfoca a educação brasileira por ser Brasil um dos cinqüenta e sete países participantes do programa. As idéias apresentadas não trazem grandes novidades para quem acompanhe os movimentos e avaliações da educação brasileira. São conceitos óbvios, de todos conhecidos, mas.... que jamais foram assimilados e pensados com seriedade pela grande maioria dos educadores e políticos brasileiros.
A entrevista sob o título: “Medir para avançar rápido” merece a leitura reflexiva dos educadores brasileiros de todos os níveis. Neste momento de publicação de pesquisas, mal elaboradas e tendenciosas, de responsabilidade do Ministério da Educação, pode colocar uma azeitona crítica na empanada do Ministério.
Destacamos alguns itens:
POSIÇÃO DO BRASIL NOS RANKINGS.
“Na comparação com 57 países, o Brasil sempre aparece entre os últimos colocados em todas as disciplinas”.
“Ao olhar os rankings, pais, educadores e autoridades podem começar a fazer comparações e constatar o óbvio: suas escolas estão bem atrás das dos países da OCDE”.
CAUSAS
“Enquanto o Brasil foca no irrelevante, os países que oferecem bom ensino já entenderam que uma sociedade moderna precisa contar com pessoas de mente mais flexível”.
“Os professores ainda conduzem suas aulas guiados muito mais pelas próprias ideologias do que por conhecimento científico”.....”As linhas pedagógicas são motivadas por crenças pessoais e deixam de enxergar o verdadeiramente eficaz”.
“As verbas disponíveis são muito mal gastas. Com o atual orçamento, os brasileiros poderiam estar num patamar melhor”.
SOLUÇÕES
Obviamente sugere: maiores investimentos, melhor utilização dos recursos, estabelecer metas; fornecer prédios, equipamentos, processos e materiais pedagógicos modernos e adequados ao aprendizado. Com destaque especial apresenta: “disciplina, silêncio harmonia, diálogo e paz” nos ambientes escolares.
Como providência indispensável destaca. “Uma das mais eficazes diz respeito à criação de incentivos para tornar a carreira do professor atraente, de modo que passe a ser escolhida pelos estudantes mais talentosos. Essa é uma realidade bem longínqua para muitos dos países em desenvolvimento, como o Brasil”..... “O que faz estudantes brilhantes optar pela profissão de professor é, muito mais do que o salário acima da média, um ambiente em que eles tem o talento reconhecido e a capacidade intelectual estimulada”..... “O fundamental para eles é que terão mais uma boa perspectiva nos próximos vinte anos”. Infelizmente, no Brasil, só existe isso em alguns municípios. “Os rankings da OCDE mostram que o Brasil está um passo atrás”. Já Ubatuba está vários passos atrás. As reflexões podem servir aos encarregados de executar planos de governo. Digo executar porque de nada adianta prometer e depois fazer o contrário.
VIVA UBATUBA! Sem dengue e sem caluniadores.

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