Política

PTB critica programa de Alckmin e racha no PSDB

Em reunião na segunda-feira, partido aliado lavou "roupa suja" e cobrou uma participação efetiva de Serra na campanha do ex-governador

Ana Paula Scinocca
A crise na campanha tucana em São Paulo já respinga no PTB, principal aliado, a quem coube a indicação do vice, Campos Machado, na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin. Uma reunião para "lavar a roupa suja" ocorreu em São Paulo, na última segunda-feira. No encontro, que contou com a presença de alguns interlocutores de Alckmin, petebistas reclamaram da divisão no PSDB e da "falta de qualidade" do programa tucano no horário gratuito da TV.

Um dos caciques do PTB, o senador Romeu Tuma afirmou que a divisão do PSDB - que de um lado apóia Alckmin e do outro sustenta a candidatura do prefeito Gilberto Kassab (DEM) - "desidratou" o candidato tucano. "O PTB está sendo o soro. Nossa militância está agindo na esperança que o pessoal do PSDB, que desidratou o Alckmin, acorde e pare com isso", disse o senador ao Estado.
Para Tuma, a campanha de Alckmin tem claros sinais de que "a divisão está consistente". "Embora o Serra tenha aparecido no programa de Alckmin uma vez, ele continua ao lado do Kassab. É uma clara demonstração de que a divisão está consistente", lamentou. "O PTB está trabalhando firmemente, apesar de só estarmos na coligação da campanha majoritária. Está todo mundo bastante engajado na campanha do Alckmin."

AUSÊNCIA

Outras lideranças do partido compartilham o diagnóstico. Para eles, é preciso que o PSDB se una, sob o risco de Alckmin sair derrotado da campanha à Prefeitura de São Paulo, o que traria prejuízos ao partido na próxima eleição presidencial. Cobram ainda "juízo" do governador José Serra.Para convencê-lo a aderir à campanha de Alckmin, os petebistas só aguardam uma conversa com Serra, que já chegou ao Brasil após viagem ao Japão e a Londres. Vão enviar mensagens de que ou o governador ingressa na campanha ou já pode se considerar derrotado em 2010. Ele é o principal nome do PSDB para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, daqui a dois anos.
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