Editorial

O Brasil que dá vergonha

Sidney Borges
Nos Estados Unidos quando acontece bloqueio de trânsito e somente é permitida a passagem de um veículo a prioridade é definida pelo sistema capitalista. Supondo que estejam na berlinda um tanque dos fuzileiros em vias de conter uma invasão hondurenha, uma ambulância levando um enfartado e um furgão dos correios, terá prioridade o carro postal por transportar valores. No Brasil a coisa não funciona assim. Tudo depende do humor do momento, embora haja aqui uma Constituição. Temos autoridades que decidem como deve ser a vida dos cidadãos sem pensar nos impactos na economia. São funcionários públicos de carreira, concursados. Nunca tiveram a incerteza de não ter dinheiro no fim do mês. Imaginam que o vil metal dá em árvores. Insensíveis vão canetando sem dó nem piedade. Nós blogueiros estamos amordaçados enquanto os jornais podem, a televisão pode, o rádio pode. Se eu colocar o santinho de algum candidato o “Comissão Processante” entra na Justiça e me aplica uma multa. Não é justo, não é sincero, é demagogia pura. No final serão beneficiados os de sempre. Aqueles que detém poder econômico. Eu por minha vez estou sofrendo severo prejuízo. Já deixei de ganhar duas tainhas do candidato peixeiro, três pizzas do pizzaiolo e diversos almoços do dono do restaurante. Escambo é proibido. Assim é o Brasil terra de cartórios e funcionários. Tsk, tsk, tsk... Mais uma vez lanço o meu veemente protesto contra a insensibilidade daqueles que têm o salário garantido pelos impostos que eu pago e que em vez de estimular o desenvolvimento capitalista cuidam de atrapalhar quem trabalha honestamente. Meu desprezo é total.

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