Opinião

A reunião de Jeddah

Editorial do Estadão
Reunidos para tratar do equilíbrio entre a oferta e a demanda do petróleo e, sobretudo, de medidas capazes de conter a explosão de preços, produtores e consumidores chegaram pelo menos a um acordo: o preço do petróleo está alto demais. Parece pouco, mas se se recordar que, quando se reuniram há dois meses em Roma, nem a esse acordo haviam conseguido chegar, pode-se dizer que na reunião de Jeddah houve algum avanço.
Os números são claros: nos últimos 12 meses, o óleo tipo West Texas Intermediate (WTI) saiu da faixa dos US$ 65 para mais de US$ 130 o barril (ontem, chegou a US$ 140), agravando pressões inflacionárias e reduzindo o crescimento da economia mundial. Mas não houve consenso com relação aos fatores que têm impulsionado o preço do petróleo. Os produtores atribuem a alta à especulação financeira, à fraqueza do dólar e à instabilidade política em algumas regiões produtoras. Os grandes consumidores rejeitam essa explicação e argumentam que a produção não está sendo suficiente para atender à demanda crescente. Os dois lados têm alguma dose de razão.
A produção caiu em países como a Nigéria - que está deixando de produzir 1 milhão de barris por dia -, o México, o Reino Unido e a Noruega, o que dá força aos que apontam para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda como principal causa da alta do petróleo. Numa tentativa de responder aos que utilizam esse argumento, a Arábia Saudita, maior produtor mundial, dispôs-se a fornecer mais 200 mil barris por dia, ou 2,1% dos 9,5 milhões de barris exportados hoje, e anunciou o aumento de sua capacidade de 11,4 milhões para 15 milhões de barris/dia até 2018.
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