Opinião

Avaliação escolar e política

Editorial do Estadão
Os últimos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um dos mais importantes indicadores de qualidade do Ministério da Educação (MEC), voltaram a revelar o mau desempenho do ensino fundamental e médio. Dos 21.090 colégios que foram avaliados em 2005 e 2007, 35,5% caíram no ranking do MEC. No âmbito da 4ª série do ensino fundamental, 25,6% das escolas obtiveram em 2007 um rendimento inferior ao de 2005. E, na rede escolar pública de 15 das 27 capitais brasileiras, o índice ficou abaixo da média nacional, que foi de 4,2, numa escala de 0 a 10.
Nas quatro séries iniciais do ensino fundamental, Curitiba foi a capital com melhor desempenho, com 5,1 pontos. O pior índice foi o de Belém, com 3,2 pontos. Embora Salvador, Manaus, Campo Grande e Cuiabá tenham registrado avanços, o Ideb mostra que os níveis do ensino público continuam refletindo as desigualdades regionais. No ranking das redes escolares municipais, as dez primeiras posições da 4ª série do ensino fundamental foram ocupadas por cidades de pequeno e médio portes do Estado de São Paulo. Nas últimas posições estão sete municípios do Nordeste e três do Norte. Na avaliação da 8ª série do ensino fundamental, os dez municípios mais bem classificados estão no Sul e no Sudeste. O campeão é Imigrante - cidade gaúcha fundada por colonos italianos e alemães. Das dez piores redes, nove ficam no Nordeste.
Os números mostram as dificuldades que o MEC terá de enfrentar para assegurar as metas de qualidade fixadas até 2022. O objetivo é atingir nesse ano as médias atuais de qualidade dos países desenvolvidos. O Ideb de cada nível de ensino é calculado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) com base nos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica, da Prova Brasil e das taxas de aprovação, repetência e evasão.
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