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O que comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente

Fernando Gabeira
Uma vez, Drummond escreveu este verso: “o teu aniversário, no escuro, não se comemora.” Os movimentos sociais de causas não resolvidas recorrem constantemente à fórmula: nada a comemorar.
No entanto, a questão ambiental, no planeta, não é uma sucessão de fracassos. O Protocolo de Quioto foi um esforço considerável da humanidade para buscar um denominador comum. Como todos os países existentes, de certa forma, estavam envolvidos, o consenso foi precário.
Apesar da desistência dos Estados Unidos e dos resultados modestos que alcançou na sua primeira etapa, o pós-Quioto, em 2012, continua sendo um marco de esperança.
Em primeiro lugar, porque foi a experiência de acordo universal mais próxima do êxito. Em segundo lugar, porque alguns dos seus fundamentos foram cumpridos. Refiro-me ao crescimento econômico com redução de emissões de gases de efeito estufa. Tanto a Inglaterra como a Alemanha e a Suécia estão alcançando esses objetivos.
Visto como parte decisiva no planeta, o Brasil tem pela frente grandes desafios. O primeiro é reduzir emissões, concentradas hoje, cerca de 70 por cento, nas queimadas e no desmatamento. O segundo é aceitar objetivos de redução universalmente controláveis. Metas, quero dizer. O Brasil não aceita esta palavra, mas objetivos verificáveis já bastam para tranquilizar o mundo. Faltaria apenas ter uma posição construtiva no sentido de levar China e a Índia às mesmas responsabilidades. (Artigo escrito especialmente para o Blog do Noblat)

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