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Capriche no seu programa de TV. Ele pode decidir sua eleição

Duda Mendonça
A televisão brasileira é uma das melhores do mundo. É inegável a qualidade da sua fotografia, da sua iluminação, das suas edições, sem falar na criatividade dos seus programas, das suas novelas e, principalmente, de muitos dos seus comerciais.
É neste contexto de qualidade técnica que os programas e comerciais políticos são exibidos. E já por aí vocé começa a entender um dos principais motivos da baixa audiência do horário eleitoral gratuito. O telespectador sai de uma novela ou de um Jornal Nacional produzidos com esmero e com execlente qualidade técnica e... bumba! – o corte é brutal. Sem mais nem menos entra um slide fixo, sem charme nenhum, ocupa a tela e lhe avisa, em tom quase fúnebre : “esse horário está reservado para a propaganda eleitoral gratuita”. Como se estivesse dizendo : se quiser desligar a TV, pode desligar, pra mim, tanto faz.
A partir deste momento começa um horário político chato. Na sua maior parte mal feito, mal produzido, com falas longas e monótonas. Quase sempre com um político metendo o pau em outro. Ou seja, uma coisa que não cativa nem seduz ninguém.
Um programa de televisão bem feito, ao contrário, tem a capacidade de prender, de tirar o sono.

Nota do Editor - A televisão pode eleger um candidato, mas é preciso mostrar convicção. Mentiras são fáceis de detectar e não costumam ser perdoadas. É difícil enganar o povo na frente das câmaras, o macartismo acabou nos Estados Unidos quando a CBS passou a transmitir as sessões do comitê que caçava bruxas. A luta pelas alianças em São Paulo é uma forma de conseguir exposição na TV. Kassab terá bastante tempo para mostrar seus programas de governo, a união do DEM com o PMDB foi providencial. Alckmin também não pode se queixar, o casamento com o PTB vai resultar em mais de quatro minutos diários. É muito tempo, se bem aproveitado poderá trazer resultados. Ubatuba ainda não terá campanha televisiva. Não houve interesse por parte dos candidatos. Seria possivel veicular programas políticos locais pela Globo, mas demandaria providências que não foram tomadas. Evidentemente o candidato que tem mais presença fotogênica e mais articulação leva vantagem na televisão. Eduardo Cesar é o mais televisivo dos pretendentes ao trono, sorte dos adversários não haver em Ubatuba uma emissora de televisão. (Sidney Borges)

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