Ubatuba em foco

Autopromoção da atual administração

Corsino Aliste Mezquita
O título acima figura como N° 7, do Relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo –TCESP- do exercício 2006. Para não correr riscos, de insultos e calúnias, dos áulicos de plantão, transcreve-se, na íntegra, o parecer dos técnicos do Tribunal. Repetimos: “Os técnicos não são críticos políticos”. “São fiscais que analisam, questionam, aprovam o que está correto e, quando descobrem erros, falcatruas, desvios, roubalheiras e outras mazelas, como no assunto em pauta, indicam os caminhos para sana-las. Sempre procurando o melhor para o progresso e o desenvolvimento do Município”
Assim se manifestaram no título acima:
“Chegou ao conhecimento da Auditoria, por intermédio do Expediente TC 498/007/07, o qual acompanha estas contas, a despesa realizada às expensas da Municipalidade para a autopromoção da atual gestão.
Assim é que foi empenhado o valor de R$ 7.590,00 para custear a impressão de revistas comemorativas ao aniversário da cidade, com 5.000 exemplares.(docs. Às fls. 560/560A do anexo III).
No citado impresso (exemplar às fls 06/19 do citado Expediente TC 498/007/07) é possível observar a frase de chamamento “AVANÇANDO 20 ANOS EM 4”.
A prestação de contas das atividades realizadas pela Prefeitura é um dever da Administração. Porém, o que se vê, em verdade, é que a edição do impresso objetivou a autopromoção da atual Gestão, depreciando as anteriores, vez que lança mão de frases de efeito que fazem desnudar este intento, tais como:
“A Administração da Prefeitura de Ubatuba tem o orgulho de apresentar a toda a comunidade uma síntese das ações implementadas e dos projetos em andamento nesse pouco mais de um ano e meio de atuação” (fls. 7 do TC 498/007/07).
É através destas novas obras e do trabalho diário e contínuo de resgatar um município que mergulhou numa profunda crise nos últimos anos, que estamos trabalhando incansavelmente para avançar 20 anos em 4”. (fls 7 do TC 498/007/07).
“O atual governo vem desenvolvendo ações até então inéditas, procurando oferecer mais dignidade ao povo ubatubense”. (fls 17 do TC 498/007/07).
Note-se ainda que a intenção era prestar contas à população, o objetivo ficou prejudicado, dada a tiragem de apenas 5.000 exemplares , uma vez que a população de Ubatuba é de 65.195 pessoas, conforme censo de 2000 (somente 7,66% da população atingida).
Em verdade a despesa não atende o interesse público, sendo possível, s.m.j., considera-la irregular”.
Frente à denúncia do TCESP os artigos: “RESGATE DO NUNCA ANES”, PRAZOS VENCIDOS, CENTRO DE CONVENÇÕES PARA QUANDO?” publicados à época, discordando das mentiras da autopromoção e do depreciando administrações anteriores, podem ser considerados como premonições de alguém preocupado com os rumos da administração e que sempre procurou uma Ubatuba melhor para todos seus moradores e freqüentadores.
Convidamos os leitores que eventualmente conservam a revista questionada pelo TCESP a verificarem a quantidade de inverdades lá registradas. A revista é um arsenal de mentiras. A título de exemplos é chocante conferir:
“Resgatando a Saúde”(fls 04). Os retrocessos e a precariedade da área veio a público, no primeiro trimestre de 2007, com a epidemia da dengue e a crise na Santa Casa. Problemas que até o momento não foram resolvidos. No item qualidade de vida que envolve saúde, educação e saneamento básico o município regrediu de 2004 para 2006, 67 posições, passando do n° 467 para o 534. Esses foram os avanços, para trás, dos primeiros dois anos.
“Resgatando a Educação” (fls 06). O Município regrediu, de 2004 para 2006, 25 (vinte e cinco) posições, no Estado de São Paulo, passando da posição 522 para a 547. Belo resgate do retrocesso e do atraso.
“Construção do Centro de Convenções”(fls 18). Onde foi construído?. Quando?. Para que?.
A ele podemos aplicar o poema de Vinícius de Moraes: “A CASA”:
Era uma casa,
Muito engraçada,
Não tinha teto,
Não tinha nada,
Mas era feito,
Com muito esmero,
Na rua dos BOBOS,
Número zero.
O TCESP sublinha: “Autopromoção depreciando as administrações anteriores”. Ou seja desrespeito a todos os que tem trabalhado por Ubatuba. Essa avaliação do Tribunal é um alerta para os retrocessos vividos pelo Município nos últimos três anos e três meses e, indicador, dos tortuosos cominhos seguidos pela administração do resgate. Ninguém pode iludir-se com a verborragia, a mentira, a mordaça a imprensa e as ameaças a cidadãos que discordam. È um alerta do desgoverno que vive Ubatuba e uma confirmação de que “a mentira tem perna curta”. Cuidemo-nos das mentiras publicadas todos os dias, das da REVISTA AZUL e das dos PAINEIS, que a Justiça mandou retirar. Não nos deixemos enganar.
VIVA UBATUBA. Sem dengue e sem caluniadores.

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