Pensata

King Kong
João Pereira Coutinho
Sou amigo de negros. Sou amigo de homossexuais. Sou amigo de lésbicas. Não sou amigo de negros politicamente corretos, homossexuais politicamente corretos, lésbicas politicamente corretas. Pessoas que se deixam infantilizar pela cartilha das patrulhas não entram na minha lista pessoal.
Porque esse é o problema central do pensamento politicamente correto: ele vê o demónio em toda a parte e acredita que é necessário proteger quem não pediu para ser protegido. É assim que a pessoa X ou Y, que tem nome, rosto e identidade singular, deixa de ser a pessoa X ou Y. Passa a pertencer a um grupo geral - os negros, os homossexuais, as lésbicas - uma forma sinistra de dissolução identitária. Lamento. As pessoas valem como pessoas. Não valem como parte de uma manada.
Basta olhar para o que sucedeu recentemente com a revista "Vogue". Pela primeira vez em 116 anos de história, a revista resolveu colocar um negro na capa. A honra coube a LeBron James, uma estrela de basketball dos Estados Unidos. Mas LeBron não está sozinho: a brasileira Gisele Bündchen está ao seu lado, segurada pela cintura. Gisele sorri. LeBron simula um grito de guerra, ao mesmo tempo que tem uma bola de basket na outra mão.
Quando vi a capa, senti o que qualquer homem pode sentir: uma imensa inveja de LeBron James. Mas as patrulhas não vêem as coisas da mesma forma: especialistas vários, confrontados com a capa, criticaram de imediato a "Vogue" por reproduzir estereótipos racistas.

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