Quase memórias...

Sidney Borges
Aconteceu em uma noite cujas lembranças chegam difusas à minha mente. Por volta de 1981 ou talvez 1982, fui parar no bar da putas, na Consolação, com ilustres companheiros. Na mesa estavam o Zé, garçon do Riviera, Alcy Linares, cartunista e arquiteto, Chico Caruso, aquele da Globo, Miklos, cineasta húngaro, apreciador de Fogo Paulista e torcedor do Ferencvaros, Junqueirinha, médico residente nos Estados Unidos de passagem por São Paulo e este escriba. Se bem me lembro chegamos aquecidos do Riviera, por volta das onze horas, o Zé juntou-se ao grupo depois do expediente. A conversa rolou solta enquanto bebíamos hectolitros de cerveja acompanhada de bistecas na brasa. Dos presentes apenas um estava casado sem problemas, eu, os outros viviam momentos de dor-de-cotovelo. O tema ficou patente quando as cervejas ensejaram o momento musical, fase anterior ao sono, em casos extremos à glicose na veia. Chico e Junqueirinha são excelentes músicos, o Zé também canta bem, quando o gerente da casa gentilmente pediu que nos retirássemos eram nove hora da manhã, as canções de Lupicínio brilhavam como o sol que nos ofuscou quando a porta foi levantada. Dias depois encontrei Alcy que me contou ter voltado de taxi para casa sem se dar conta que estava de carro. Felizmente lembrou-se do endereço.

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