Imprensa

Pedra e Vidraça

Paulo Henrique Amorim perde nova ação contra Mainardi

por Márcio Chaer
Acusado de fabricar notícias para favorecer quem paga por isso e prejudicar os concorrentes de seus patrocinadores, o blogueiro Paulo Henrique Amorim não gostou de se ver na posição de vidraça. Processou o jornalista Diogo Mainardi, da revista Veja, nas esferas cível e criminal. No primeiro caso, perdeu. No segundo, também. E ainda foi condenado, esta semana, a pagar as custas judiciais e os honorários dos advogados de Mainardi — que foi representado por Lourival J. Santos e Alexandre Fidalgo.
Os advogados de Amorim já recorreram. "Esperamos que o Tribunal de Justiça possa prover o recurso", afirmou José Rubens Machado de Campos.
A iniciativa de Paulo Henrique Amorim chamou a atenção. Afinal, ele ganhou fama pela virulência de seus ataques pela imprensa. Em entrevista à Folha de S.Paulo ele já definiu sua atividade como “um exercício de pancadaria verbal” e as teclas de seu computador como “aqueles botões que disparam mísseis”. Segundo Mainardi, Amorim cobrava pelo bombardeio R$ 80 mil por mês. O colunista de Veja afirma que o blogueiro “retomou as práticas mais imundas do jornalismo, como a chantagem, a mentira, a propaganda do poder e a matéria paga”.
O portal Observatório da Imprensa já descreveu Amorim como “um protótipo do linchador. Paradigma do empastelador. Agente provocador de quebra-quebras”. Mas foi outra atitude que causou mais estranhamento nos processos: ele pediu, e obteve, o manto protetor do segredo de justiça para que as informações a respeito da disputa não fossem divulgadas. Afinal, se o jornalismo se sustenta sobre o princípio da exposição pública é de se imaginar que jornalistas sejam defensores da publicidade e não do segredo.

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