Faz sentido...

Exuberâncias de Pindorama

Demóstenes Torres no Blog do Noblat
No auge da crise com as autoridades da imigração espanhola, sugeri que o Brasil cometia tolice política ao esboçar retaliação e devolver a Madri desocupados do primeiro mundo em busca de um lugar ao sol no absenteísmo de Jericoacoara ou Arembepe. Para angariar respeito nas relações internacionais, o melhor que o País faria era fechar o cerco à lavagem de dinheiro, especialmente nas regiões turísticas do nordeste.
Uma boa parte da onda dos condomínios, dos complexos de lazer e dos resorts no litoral nordestino é na verdade meio de integrar no mercado nacional dinheiro escuso de origem criminosa da Europa. O jornal O Globo do último domingo mostrou parte das atividades ilegais das máfias do velho continente e basta percorrer a costa brasileira para perceber as paradisíacas estâncias construídas por meio do empreendedorismo bandido nestes exuberantes trópicos.
O Brasil não é destino preferencial dos operadores da lavagem de dinheiro, mesmo porque a sua importância para o mercado internacional do crime organizado é limitada. As estimativas da ONU para o volume de dinheiro lavado por ano no mundo superam o PIB brasileiro. Agora, é fato que o País, apesar de ter legislação bem intencionada, apresenta mecanismos de controle frágeis, o que não deixa de ser atrativo para converter dinheiro mafioso em entretenimento milionário dos parques temáticos.

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