Covardia

Isabella foi espancada, afirmam peritos criminais e legistas

O 'Estado' consultou três pessoas presentes na reunião do IML, que descreveram o mesmo retrato de violência


Bruno Tavares e Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo
Desde o primeiro exame no cadáver da criança, médicos-legistas constataram no cérebro uma pequena hemorragia comumente presente em casos descritos pela Medicina Forense como Síndrome da Criança Espancada. "O corpo apresenta várias escoriações e hematomas próprios de pancadas", atestou um perito que teve acesso aos dados preliminares do IML. "Ela foi espancada."
A menina tinha na cabeça um ferimento que sangrou e uma lesão cervical que pode indicar esganadura (usar as mãos para apertar o pescoço). Entretanto, a suspeita maior dos peritos é de que ela tenha sido sufocada. A asfixia, dizem eles, faria parte do processo de violência a que a criança foi submetida. Isabella sofreu e a prova disso seriam sinais como as manchas de Tardieu e Paltauf no pulmão, lesão subpleural associada ao sofrimento por asfixia. Havia manchas vermelhas no coração (petéquias) e as pontas dos dedos estavam arroxeadas, sinal evidente de desoxigenação dos tecidos.
A equipe do IML aguarda o resultado da análise do osso hióide (localizado na parte anterior do pescoço) da menina para esclarecer a questão. Caso ele esteja fraturado ou lesionado, a tese de estrangulamento volta a ganhar força.
Isabella tinha ainda uma fratura observada no osso escafóide, próximo do pulso. Ela ocorreu quando a menina estava viva e foi possivelmente causada por uma torção. Apesar de todas as análises realizadas, César ainda não definiu qual a causa da morte da menina - asfixia ou a queda do 6º andar. Isso se deve ao fato de Isabella não ter sofrido politraumatismos ou hemorragias importantes no tórax e abdome. "Esse caso está suscitando muita discussão", disse um dos participantes da reunião.

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