Porque não me ufano...

Em ação a polícia política do PT

Thomaz Magalhães em o Trem Azul
Chegaram ao senado brasileiro as informações pedidas sobre o estranho episódio da devolução dos boxeadores cubanos que abandonaram a delegação no Pan, ano passado. Um esquema que mostra algo como uma polícia políticado PT, que montou a suspeitíssima ação. Os boxeadores foram entregues por autoridades petistas do governo a ninguém menos que Luis Mariano Lora. Ele é chefe do Departamento de Combate à Atividade Subversiva Inimiga de Cuba. Lora é um dos homens mais temidos daquela ditadura. Estava dentro do avião venezuelano que veio seqüestrar os dois boxeadores, acompanhado de outros dois agentes. Há mais cubanos na história, que estiveram em ação no Brasil na caçada aos atletas.
O que se desnuda agora, debaixo das palavras burocráticas do ofício, é algo estarrecedor. O ministro da Defesa Nelson Jobim, a quem foram pedidas as infomações que estão o senado, informa o prefixo da aeronave, confirmando que veio da Venezuela. Revela que o avião que retirou os boxeadores decolou numa madrugada, aos 18 minutos de domingo. Revela também que o jato chegou ao Brasil ao meio dia de sábado 4 de agosto. Os boxeadores se apresentaram à polícia do Rio no início da tarde de sexta-feira 3 – e o governo só divulgou isso no final da tarde daquele dia. Ou seja, um vôo entre Caracas e Havana, e dali para o Rio, dura pelo menos 12 horas. Significa que Cuba teve informação privilegiada do governo Lula. O curioso é que, no mesmo momento em que os boxeadores informavam oficialmente às autoridades que gostariam de voltar a Cuba, no depoimento à PF no sábado, o avião já estava no Galeão à espera.
A operação contou com a fina flor do lulo-petismo, ao lado de espiões e agentes de Cuba e Venezuela. No Brasil as estrelas foram o assessor "especial" de Lula para assuntos bolivarianos Marco Aurélio Top Top Garcia e o ministro da Justiça Tarso Genro. A informações são da revista Isto é que está chegando às bancas, que também revela o nome do principal operador brasileiro, José Hilário Medeiros. Ele chegou ao PT pelas mãos do ex-ministro José Dirceu, foi segurança pessoal do presidente Lula e hoje chefia o setor de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, o do cumpanhêro Tarso Genro. Foi Medeiros quem comandou a equipe que saiu à caça dos boxeadores e coordenou a operação burocrática para legalizar a entrega sumária dos jovens à ditadura de Fidel Castro. O outro personagem até aqui misterioso é cubano. Chama-se Tomás Issac Mendez Parra. Oficialmente, é um dos cônsules de Cuba em São Paulo. Mas uma autoridade brasileira garante que Parra é da inteligência cubana.

Agentes cubanos atuaram dentro da Polícia federal

Para se ter uma idéia do descalabro, esse agente da polícia política cubana foi o "intérprete" no segundo depoimento dos atletas à Polícia Federal. É inacreditável é que as autoridades policiais tenham permitido isso. Neste depoimento os cubanos se disseram “desejosos” de retornar à pátria, criando uma versão juridicamente perfeita para a entrega.
As pressões chegavam aos ouvidos dos atletas aterrorizados por telefone celular. Sob os "cuidados" de Parra, nas dependências da Polícia Federal, por telefone a companheira de Lara, Miriam, 20 anos, dizia que o governo de Fidel ameaçava tomar a casa do casal na rua Corombet, em Guantánamo, a moto e os móveis, se ele não voltasse logo a Cuba. O casal tem um filho. A esposa de Rigondeaux, Fara Colina, mandava avisava o marido que perderiam a casa na rua Cien Y Bento, em Altabana, e o carro, caso pedisse asilo político no Brasil. Horas depois dessa sessão de tortura psicológica os boxeadores aterrorizados foram levados ao avião de Hugo Chávez. E recebidos a bordo pelo temido chefe do deparmanto de ações subversivas de Cuba, o Luiz Mariano Lora. Numa ação do "embrião", digamos assim, da polícia bolivariana, que certamente vem orientada nos moldes do Foro São Paulo.

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