Manchetes do dia

Sexta-feira, 21 / 03 / 2008

Folha de São Paulo
"Matérias-primas têm a maior queda em 52 anos"
Os preços das commodities tiveram sua maior desvalorização em uma única semana desde pelo menos 1956, com a possibilidade de redução no consumo global vinda com uma desaceleração no crescimento do mundo. (...)


O Globo
"Governo vai restringir crédito para tentar conter consumo"
Preocupado com a explosão de consumo, base do crescimento da economia em 2007, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai se reunir na próxima semana com diretores de instituições financeiras para discutir a necessidade de reduzir prazos do crediário para pessoas físicas, informa Merval Pereira. O temor do governo é com o ritmo insustentável da economia e seus efeitos na inflação. Uma das alternativas em estudo é aumentar exigências dos bancos para limitar os empréstimos a 36 meses, principalmente na venda de carros. Ao mesmo tempo, o governo quer incentivar as exportações de veículos. Outra opção é cortar R$ 20 bilhões no orçamento dos três poderes. O objetivo dessas medidas é evitar que o BC precise subir juros para segurar a demanda.


O Estado de São Paulo
"Arrecadação é recorde no 2º mês sem a CPMF"
No segundo mês após a extinção da CPMF, a arrecadação de impostos federais continuou batendo recordes. Em fevereiro, entraram nos cofres públicos R$ 48,144 bilhões, o melhor resultado para o mês. Descontada a inflação, o crescimento sobre fevereiro de 2007 foi de 10,23%. No bimestre,a receita somou R$ 111,05 bilhões, com um aumento real de 15,57% em relação ao mesmo período de 2007. (...)


Jornal do Brasil
"Dengue avança na classe média"
A epidemia de dengue no Rio ignora diferenças sociais. Lota hospitais públicos e agora as clínicas particulares, que atendem à classe média, onde o número de pacientes subiu 50%. No hospital São Lucas, em Copacabana, a espera por atendimento já é de três horas. O Prontolaby, na Tijuca, responde por 20% das internações pediátricas, a maioria nos últimos 20 dias. Ontem, os registros totais bateram recorde: 2.053 em um dia.

Comentários

Anônimo disse…
Caro Sideney, envio-lhe um comentário sobre as manchetes de hoje com citação de fonte: www,culturabrasil.org

"Desmascarando a questão das Dívidas Externa e Interna

O economista Carlos Thadeu de Freitas resumiu, em três frases, a armadilha de se fazer reservas cambiais tão altas: "Toda vez que o governo compra dólares ele aumenta a dívida interna, que custa caro já que tem taxas de juros entre as mais altas do mundo. E as reservas cambiais são aplicadas em títulos do governo americano que pagam juros cada vez menores. Então, esse acúmulo de reservas está custando muito caro ao país e está chegando ao limite".

Ouro crítico da tal política, o professor de economia Ricardo Bergamini destaca que "o Brasil é remunerado na suas reservas em dólares na base 3,50% ao ano, enquanto os reais correspondentes são remunerados pelo Brasil em 13,00% ao ano, na média do ano de 2007". Portanto, pelo que explicou facilmente Thadeu de Freitas e complementou Bergamini, é uma sacanagem de molusco bêbado comemorar: – como faz a mídia amestrada ou ignorante – que, "pela primeira vez na história, o Brasil deixou de ser devedor e passou a ser credor externo".

Direto de Niterói, o professor João Batista de Andrade, outro que sempre defendeu uma auditoria em nossas dívidas externa e interna, envia um comentário "estraga prazer" feito por um doutor em Economia sobre a festinha da mídia. João recebeu do professor aposentado da UFF Airton Albuquerque Queiroz uma lista com dez pontos críticos de observação:

"1) As reservas superam o total da dívida em US$ 4 bilhões. Serão mais até o final do ano.

2) Todavia, isto é uma tristeza, pois estas reservas são constituídas a um custo mais caro que a dívida que ela supera. O diferencial da carestia é de 7%.

3) Daí o Lula dizer (bem instruído) que o negócio é recomeçar a se endividar para fazer investimentos em infraestrutura. Só que é difícil PACA.

4) Reduziu-se uma parte da dívida externa que era barata e ficou mais barata ainda, por uma parcela ainda de dívida interna que é mais cara. Os próprios credores externos trocaram seus créditos externos (pelos quais recebiam pouco), por internos (pelos quais recebem mais)". O professor Airton Albuquerque Queiroz prossegue:

"5) Ainda assim, já nesse ano teremos uma inversão no sinal no saldo das transações correntes, além de um decréscimo no saldo comercial. Tudo isso, na hipótese benfazeja de que a economia americana não entre em recessão, só reduza seu crescimento de 3% para 1%aa.

6) Também é preciso lembrar que o passivo externo líquido (PEL) - que é a diferença entre os haveres do Resto do Mundo aqui no Brasil e os haveres do Brasil no Resto do Mundo - cresceu bem mais, nos últimos cinco anos, do que o aumento de nossas reservas. 7) Razão por que a remessa de lucros que não chegava a 5 Bi, passou em 2007 de 20 Bi. Hoje o Brasil paga, relativamente, pouco de juros da dívida externa, mas, triste compensação, as remessas de lucros, dividendos e royalties são altas e tendem a crescem com o disparo do PEL". O economista acerta na veia:

"8) E o PEL cresce mais quanto mais capital externo entre aqui. Ao entrar, tal capital de fora aprecia o Real, deprecia o dólar e dificulta as exportações, as quais só se têm mantido em invejável patamar via preços (graças à China), pois em volume têm decrescido e fechado parques fabris e causado desemprego em algumas regiões.

9) Quanto mais cedo se avizinhe o investment grade para o Brasil, o volume de capital afluirá ainda mais forte agravando o quadro descrito acima.

10) Infelizmente, essa notícia alvissareira de sermos credores, pela primeira vez na história, tem pés de barro". A partir desse factóide sobre as reservas e a dívida externa, o desgoverno petista ainda prepara outra jogada econômica do mais puro cinismo. O Ministério da Fazenda pretende iniciar, nos próximos meses, uma campanha para divulgar as ações do Tesouro Direto. O sistema do Tesouro Nacional permite que pessoas físicas comprem, diretamente, títulos da dívida pública federal. O coordenador de Planejamento Estratégico da Dívida do Tesouro Nacional, Rodrigo Cabral, promete iniciar uma ampla campanha publicitária para informar os cidadãos sobre a compra de títulos da dívida federal. Ou seja, seremos nós quem vamos pagar a dívida interna que ultrapassa um trilhão de reais."

Fonte digital: http://jacornelio.zip.net

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu