Deu na Folha de São Paulo

Dossiê - Agora, governo diz que se preparou para CPI

Ministro José Múcio afirma que manuseio de dados sigilosos sobre FHC foi ação preventiva para eventual pedido do Congresso

Tarso havia dito na segunda que TCU pediu informações sobre gastos da Presidência, mas tribunal contestou essa versão; PF não investigará

Do Blog do Noblat
Em mais um dia sem apontar o responsável pelo vazamento de informações sigilosas contra a oposição, o governo reconheceu ontem que a abertura da CPI dos Cartões foi um dos motivos para que a Casa Civil fizesse o que chama de "atualização" de um banco de dados de acesso restrito com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse que o manuseio dos dados fazia parte de uma ação preventiva da Casa Civil para atender a um futuro pedido das investigações em curso no Congresso. Sem admitir confecção de dossiê, ele alega que o requerimento de criação da CPI dos Cartões estendia as investigações por um período de dez anos e, por isso, a Casa Civil preparava um "levantamento" dos gastos com cartões corporativos e contas tipo B desde 1998 para enviar à comissão.


De Renata Lo Prete:
No dia 20 de fevereiro, Dilma Rousseff foi recebida por empresários em São Paulo num jantar organizado pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). A ministra da Casa Civil falou principalmente de energia, mas, a certa altura, um dos presentes lhe perguntou sobre o caso dos cartões corporativos. "Não vamos apanhar quietos", respondeu ela. Em seguida, informou que o governo estava produzindo um levantamento de informações relativas aos gastos feitos no período FHC. Ontem, o ministro José Múcio (Relações Institucionais) atrasou para o fim da tarde sua ida a Recife, onde integraria a comitiva de Lula, para pilotar a mobilização que derrubou a convocação de Dilma na CPI.

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