Crise

Economia da Venezuela em risco

Na exata medida em que cresce a tensão diplomática entre Colômbia e Venezuela - desde a operação colombiana contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano - paralisa-se uma das relações econômicas mais dinâmicas da região: o comércio bilateral entre os países foi de US$ 6 bilhões em 2007.
Apesar da guerra retórica ser insuflada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, seu país é o maior perdedor com a crise andina. A Venezuela obtém 30% de seus produtos da Colômbia, cujo mercado acompanha o ritmo de 17 meses de crescimento. Em meio à crise de desabastecimento venezuelana, o corte das relações é um risco assumido por Chávez, que testará sua capacidade de sobrevivência no isolamento. Mas a prova não durará muito tempo, avaliam analistas.
Entre janeiro e novembro do ano passado, as exportações a Venezuela somaram US$ 4.562 milhões - cifra que se traduz em um salto de 87,2% em comparação ao ano anterior, informou o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane) da Colômbia.
O cientista político Humberto Njaim, da Universidad Metropolitana, explica que a Colômbia é um fornecedor de produtos básicos muito importante devido à facilidade do transporte terrestre:
- Escassos nos supermercados venezuelanos, leite, carne, café e papel higiênico são produtos de primeira necessidade que compramos do outro lado da fronteira.
Do lado venezuelano da fronteira, onde muitos vivem do comércio destes produtos, o fechamento da passagem já é sentido pela população local, que reclama de desemprego. Do lado colombiano, se afeta o crescimento impulsionado pelo consumo na Venezuela.

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