Chávez

Ainda a América do Sul

Sidney Borges
Os fatos são claros, as interpretações ficam por conta de quem as faz. Há inclusive quem diga que só existem interpretações sendo os fatos apenas e tão somente justificativas. O imbróglio bélico que envolve a Colômbia e o Equador, com participação da Venezuela, é claro e não deixa dúvidas quanto às intenções.

Chávez está com problemas internos, a Venezuela vive uma séria crise de desabastecimento e recentemente ele viu sua pretensão de se perpetuar no poder rejeitada. Chávez parece acreditar, por suas atitudes, ser Napoleão. Uribe, da Colômbia, é belicoso, foi eleito com a bandeira de endurecer com as Farc e está cumprindo a promessa. O Equador, de Rafael Correia, parece ter entrado de gaiato no navio, está se sujeitando ao papel de satélite de Chávez, assim como fez Evo Morales, da Bolívia.
Em meio a presidentes eleitos inserem-se as Farc. Um grupo que merece o epíteto lulista de metamorfose ambulante. Ex-guerrilheiros marxistas, depois seqüestradores e comerciantes de “coca da boa”, hoje vivem o triste papel de escada das pretensões políticas de Chávez.
A Colômbia tem armas, soldados e experiência para enfrentar Venezuela, Equador e Bolivia juntos e conta com apoio logístico dos Estados Unidos.
Chávez mais uma vez mostrou falta de preparo político, tentou usar os neobandoleiros como base de suas ambições e fez com que Uribe sentisse o gostinho de sangue. Uribe que é um predador vestiu com prazer o papel de Israel da América do Sul. Sem entrar nas questões políticas que motivam Israel, a referência é sobre as ações militares. Quando ameaçado Israel ataca e depois negocia.

O Brasil tem agido com sabedoria, a invasão do Equador foi um erro estratégico no contexto da diplomacia, por outro lado foi uma vitória política de Uribe, que tem hoje o apoio maciço do povo da Colômbia.
Mais uma derrota do bufão das Américas, que poderia seguir o bom exemplo dos Emirados Árabes que usam o dinheiro do petróleo para o desenvolvimento. Quando acabar o “ouro negro”, o alto patamar atingido será irreversível. Os Emirados árabes são, infelizmente, um oásis de sensatez em meio a um mundo insensato.
Chávez joga dinheiro fora financiando quimeras e utopias. Enquanto isso o povo venezuelano não encontra papel higiênico nas prateleiras dos supermercados. O uso de jornais com a foto do ditador tem produzido irritação em área de grande sensibilidade.

Comentários

Anônimo disse…
Caro Sidney, a Iterpol já está no pedaço. Vai sobrar para o bobo alegre do Rafael Correa. Espero que sobre também para o Sargento Garcia top-top.

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