Política

Togas e Cartolas 2

Ser fiel é preciso pois não há candidatura sem partido

por Eduardo Mahon
No primeiro artigo da série, comprovamos que os togados estão colocando os cartolas na linha. É uma abertura nada lenta, gradual, mas extremamente segura e longeva. Seja no processo legislativo, seja em outras atribuições parlamentares, o Judiciário cresce em influência ao colocar a mão na cumbuca até então lacrada das práticas políticas. É o caso de estudar agora quais os fundamentos e os efeitos dos julgados recentes sobre fidelidade partidária, conforme nos propusemos.
Antes de mais nada, enfrentamos as duas principais objeções dos políticos que choramingam diante da iminente cassação. O eleitor não deposita o voto no partido e sim no candidato, pessoalmente identificando-o como o seu preferido, depositário exclusivo das expectativas representativas. Esse é o primeiro fundamento da resistência na mudança de mentalidade e, venhamos e convenhamos, não deixa de ter suas razões.
Todavia, não menos exato afirmar que a premissa calcada na realidade secular brasileira é errada, impregnada do personalismo corruptor tão típico nacional. E não se justifica um erro com outro, por certo. Não é porque o eleitor, de fato, objetiva o candidato, olvidando suas tendências ideológicas que tal prática seja suficiente para justificar a imobilidade do sistema. A réplica dar-se-á mais adiante.

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Comentários

Anônimo disse…
Sidney, mas a imobilidade quanto ao nepotismo está deixando que essas gestões acabem e os "nepots" continuem no poder, mesmo ilegalmente. Às vezes votamos muiito mal, mas é melhor que os DNA variem um pouco no poder, porque as famílias reais estão extrapolando neste país.

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