Internet

Brasil defende fim da hegemonia americana na web

Escassez de endereços eletrônicos na internet e migração lenta para novo sistema podem afetar inclusão digital no País
Cerca de 50 nações de todo mundo estão reunidas desde o último sábado, e até sexta-feira que vem, em Nova Déli (Índia), para discutir o processo de internacionalização da Internet, atualmente vinculada a um único país, os Estados Unidos, onde foi criada e tem sede a ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), uma instituição privada que administra os números e nomes da rede mundial. Temas como internacionalização da administração da internet, privacidade dos dados de usuários em poder dos provedores e a criptografia integral da estrutura hierárquica dos nomes de domínio (como ‘.br’, ou ‘.com’, ou ‘www’) serão parte substancial dos debates.
A questão é que muitos países, como o Brasil, defendem o fim da hegemonia norte-americana na internet, por ter a rede se tornado um patrimônio e mecanismo indispensáveis às comunicações e relações multilaterais entre todos os povos e países, seja para fomentar o comércio ou para governos aproximarem-se dos cidadãos. Um dos temas centrais da reunião da ICANN e seu Comitê de Assessoramento Governamental (Governmental Advisory Commitee-GAC) é a renovação do Acordo de Projeto Conjunto (Joint Project Agreement-JPA).
Desde a criação da ICANN, em 1998, o JPA é o instrumento que, renovado anualmente, dá suporte legal e legitimidade às decisões sobre a internet. Como é um acordo entre o governo daquele país e a ICANN, o JPA representa a hegemonia norte-americana sobre a rede. Apesar da ICANN ser uma instituição privada, o GAC é composto por governos nacionais – e aí começa os conflitos. Para americanos, melhor é deixar governos fora de um negócio privado e a internet longe de interferências políticas. De 400 a 500 representantes devem participar da jornada em Nova Déli, dos quais cerca de 70 do GAC.

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