Barack Obama

Em busca do sucesso

Ganhar eleições exige competência, ganha quem consegue convencer o eleitorado. Em cidades pequenas um aperto de mão, trinta reais mais uma camiseta podem ter alguma significação, desde que os adversários sejam fracos e não tenham desenvolvido programas sérios de trabalho.
Barack Obama corre o risco de não ser indicado pelos democratas, a adversária é forte, mas sua campanha é tão competente que deixa no ar a sensação de que tudo poderá acontecer. Acompanhem o exemplo da peça musical acima, de finíssimo apelo popular, com comentários do Blog do Noblat, cujo link está postado no final. De qualquer forma, caso não aconteça a vitória, Obama terá conseguido firmar-se como membro do Olimpo. Sendo jovem, haverá tempo. (Sidney Borges)

Veja, acima, uma das mais eficientes peças de campanha do senador Barack Obama, aspirante a candidato a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.
O autor da idéia e da música é will.i.am (escreve-se assim mesmo), integrante do Black Eyed Peas, famoso grupo de rap norte-americano muito conhecido no Brasil. Jesse Dylan, filho do roqueiro Bob Dylan, foi quem dirigiu as gravações.
A lourinha é a atriz Scarlett Johansson, protagonista dos filmes "Encontros e Desencontros" de Sophia Coppola, e "Ponto Final, de Woody Allen. O pianista é Herbie Hancock, um dos monstros sagrados do jazz. O clip é novinho. Foi pro Youtube no último dia três. Sucesso instantâneo. Já está em tudo quanto é site e blog mundo a fora. O discurso aqui musicado de Obama foi pronunciado por ele nas eleições primárias de New Hampshire, há um mês. O bordão "Yes, we can" (Sim, nós podemos) também lembra discursos de Martin Luther King e de outros pregadores negros. Segundo o jornal The New York Times, as pesquisas mostram que a divisão dos democratas entre Obama e Hillary Clinton é bem clara por sexo, raça e idade. Hillary é a superfavorita de mulheres brancas e hispânicos; Obama, dos negros e homens jovens, faixas onde a vantagem dele foi estupenda na chamada Super Terça-Feira até no próprio Estado pelo qual Hillary é senadora, Nova York.


Prestem atenção a algumas coisas do clip:


* a edição de imagens - Obama se torna um daqueles que aparecem no clip repetindo o que ele diz; * a mixagem dos áudios de Obama e dos figurantes do clip;

* a força que recupera o bordão "Yes, we can" (batido, lembra o título da autobiografia de Sammy Davis Jr., "Yes, I can");

* o uso de frases e palavras na tela - Yes, we can; Change (Mudança); Hope (Esperança); Vote (Vote). Sempre palavras curtas, monossílabos ou dissílabos, que têm o mesmo ritmo, a mesma 'música;

* a extraordinária capacidade de síntese da mensagem de Obama facilitada pela própria língua inglesa, enxuta;

* a escolha de um garoto parecedíssimo com Obama para vestir a camiseta com o nome dele;

* e o texto do discurso de Obama com frases curtas, palavras curtas. Por isso ele pode ser musicado. (Do Blog do Noblat)

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