Manchetes do dia

Sábado, 26 / 01 / 2008

Folha de São Paulo
"Desmatadores desafiam governo"
Um dia depois de o governo federal anunciar a suspensão de licença de desmate em 36 municípios que concentram 50% do desmatamento na Amazônia, os tratores de esteira não interromperam o trabalho de abrir caminho para a agricultura e a pecuária em áreas nativas de Alta Floresta e Paranaíta, no extremo norte de Mato Grosso (830 km de Cuiabá). Os municípios constam da lista de maiores devastações divulgada anteontem.
A reportagem da Folha sobrevoou por uma hora, em uma avião monomotor, trechos de floresta dos dois municípios. Próximo a Paranaíta, um trator e um caminhão, com cerca de quatro pessoas, derrubavam as árvores. O sobrevôo foi feito nas mais recentes derrubadas na região, ocorridas entre os meses de novembro e dezembro. O roteiro foi traçado com base nas coordenadas obtidas pelo sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Além de confirmar a precisão do levantamento feito por satélite -ainda não haviam sido retirados ou queimados os restos florestais-, a reportagem constatou que o ritmo da devastação não parece ter sido alterado pelo anúncio das recentes medidas de controle. E que, ao menos naquela região, as medidas adotadas podem ter chegado tarde demais.


O Globo
"Delúbio: toda cúpula do PT sabia de caixa 2 em 2002"
No depoimento prestado anteontem à Justiça Federal, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares decidiu dividir com a cúpula do partido a responsabilidade pelo escândalo de financiamento da campanha em 2002. Delúbio disse que toda a executiva nacional do partido sabia da existência de uma dívida não contabilizada de R$ 26 milhões, e que ele foi incumbido pela direção de "encontrar uma solução para o problema". Segundo ele, a cúpula do PT rejeitou a possibilidade de recolher o dinheiro pelas vias legais. A saída encontrada por Delúbio foi recorrer ao publicitário Marcos Valério. Entre os novos implicados, citados nominalmente por Delúbio, estão a ministra Marta Suplicy (ex-vice-presidente do PT), o senador Aloízio Mercadante (ex-líder) e o deputado Jorge Bittar (ex-secretário-geral), além do deputado José Genoíno, ex-presidente do partido e réu no inquérito do mensalão. Em nota, o PT afirmou que não comentará depoimentos individuais.


O Estado de São Paulo
"Crédito oficial facilitou o desmatamento"
Um estudo sobre o avanço da agropecuária na Amazônia indica que crédito oficial a juros subsidiados contribuiu para o recente aumento do desmatamento. O levantamento é do pesquisador Paulo Barreto, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Ele aponta como instrumentos de crédito fácil programas como o Pronaf, de fortalecimento da agricultura familiar, cuja participação no Fundo Constitucional do Norte Especial passou de 38% para 66%, desde 2003. Outro estudo do Imazon mostrou que a taxa de desmatamento em 343 assentamentos amazônicos foi quatro vezes maior do que fora deles. O último censo agropecuário do IBGE aponta que a área para lavouras cresceu 275% nos últimos 11 anos, na região Norte. Segundo levantamento da organização Amigos da Terra, de 2004 para 2007 o número de abates bovinos na Amazônia Legal aumentou 46% - o que dá idéia da quantidade de mata que cedeu lugar a pastos. Em 2004, o Pará aumentou sua exportação direta de carne bovina em 7.800%; Rondônia, em 1.350%.


Jornal do Brasil
"OAB vai ao Supremo conta quebra de sigilo"
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou no Supremo Tribunal Federal uma ação direta de inconstitucionalidade contra o repasse dos dados bancários do contribuinte à Receita Federal. O novo instrumento de fiscalização foi adotado depois da derrubada da CPMF pelo Senado. Na ação, a OAB pede a extinção do artigo 5º da lei que originou o decerto editado pelo governo. A entidade argumenta que o artigo choca-se com a Constituição. Uma vez derrubado, o decerto perde a validade. E os bancos não estarão mais obrigados a enviar para a Receita os dados de todas as pessoas físicas que movimentam mais de R$ 5 mil por semestre em conta corrente ou poupança.

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