Crime em Ubatuba

Dia do caçador
Ex-capitão da Polícia Militar que fundou o COE é preso


por Claudio Julio Tognolli
O ex-capitão da Polícia Militar, Benedito de Oliveira, foi preso na quarta-feira (9/11) em Manaus. Ele é fundador do Comando de Operações Especiais da PM, o COE, e foi condenado por homicídio. Era procurado desde agosto de 1994.
Segundo relatório da Corregedoria da PM, ele passou boa parte dos anos 90 em Ayacucho, no Peru, treinando guerrilheiros do finado grupo terrorista maoísta Sendero Luminoso. O juiz Ronaldo Roth, da Justiça Militar de São Paulo, foi informado da prisão do ex-capitão nesta quinta-feira (10/1).
O Tribunal de Justiça Militar condenou Benedito à revelia a 31 anos e oito meses de prisão pelo assassinato da menina Juliana Ribeiro Siqueira, 4 anos, e de tentar matar a mãe da garota, Lucila Izaura Ribeiro Siqueira, 29 anos. Benedito também foi condenado pela morte da dona de casa Cirlene Alves de Oliveira Souza, revela seu prontuário na Justiça Militar de São Paulo e na Corregedoria da PM.


Retratos da realidade

Os dois crimes aconteceram no espaço de um mês em Ubatuba (SP). Os detalhes, apurados pelo jornalista Marcelo Faria de Barros, foram tratados no programa Linha Direta, da TV Globo, exibido em 2000. Na ocasião, o programa bateu recordes de audiência, com média de 38 pontos e pico de 41 no Ibope.
Cirlene foi encontrada morta, às 20h, de 26 de dezembro de 1989. Em seu corpo havia projéteis de um revólver calibre 32. No dia 23 de janeiro de 1990, Benedito terminou a instrução de um treinamento de sobrevivência na selva para policiais do COE (Comando de Operações Especiais) e foi para Ubatuba. Reuniu-se com três amigos. Juntos foram até a estrada de Itamambuca esperar por Lucila Izaura, de quem o ex-capitão Benedito se dizia amante.

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