Contrato? Que contrato?

Bolívia cortará envio de gás para Cuiabá e Comgás

Governo de Evo Morales diz que não tem condições de cumprir todos os contratos de fornecimento em 2008; Itamaraty não aceita decisão

Denise Chrispim Marin, BRASÍLIA
O governo da Bolívia afirmou ontem que não cumprirá plenamente seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina neste ano. Os dois países serão convidados para discutir como será a repartição do combustível quando houver uma elevada demanda nos mercados.

"No fim do ano, produziremos em média 42 milhões de metros cúbicos diários, e essa quantidade não nos permitirá cumprir os contratos com a Argentina e o Brasil", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em entrevista concedida ao lado do presidente boliviano, Evo Morales. A produção atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, ante a uma demanda interna e externa de 46 milhões de metros cúbicos.O ministro Villegas explicou que, na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, foi decidido que neste ano não serão enviados volumes de gás contratados para Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo. Será cumprido apenas o contrato da Petrobrás, de 31 milhões de metros cúbicos de gás a São Paulo. O governo brasileiro, porém, afirmou que não concordará com a decisão da Bolívia de cortar o fornecimento de gás para a TermoCuiabá em 2008, informou o Itamaraty.
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