Manchetes do dia

Terça-feira, 11 / 12 / 2007

Folha de São Paulo
"Governo adia a votação da CPMF com medo de perder"
Sem dispor dos votos necessários para aprovar a prorrogação da CPMF até 2011, o governo vai propor hoje novo adiamento da votação do imposto do cheque. O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou até a última hora reunir 49 votos, mínimo para aprovação. À noite, porém, acertou com o Planalto que a sessão de hoje será só para discussão da CPMF.


O Globo
"Consórcio leva hidrelétrica com tarifa 35% mais baixa"
Em apenas sete minutos, o consórcio liderado pela construtora Odebrecht e a estatal Furnas venceu o leilão para fazer a usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira (Rondônia), orçada em R$ 9,5 bilhões. O projeto, polêmico, foi contestado por ambientalistas durante meses. As obras terão início no fim do primeiro semestre de 2008 e a usina gerará energia em 2012. Há 13 anos, o país não tinha obra desse porte. O grupo vencedor ofereceu R$ 78,89 o megawatt-hora, valor que é 35,3% abaixo do teto de R$ 122 fixado no edital do governo. Outros dois grupos que disputavam o leilão também ofereceram preços bem abaixo do edital (R$ 98,05 e R$ 94). O BNDES deverá financiar 75% da obra e o consórcio poderá vender 30% da energia gerada no mercado livre, cobrando o que desejar no futuro. Segundo analistas, confiando nessa receita futura, o consórcio teria oferecido o deságio de 35% no leilão.


O Estado de São Paulo
"Com tarifa menor, Odebrecht vence o leilão do Madeira"
O consórcio Madeira Energia, liderado pela empresa Odebrecht, venceu ontem o leilão da usina hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. Superando as expectativas mais otimistas do governo, o grupo aceitou receber R$ 78,90 por megawatt/hora, 35% menos do que a tarifa máxima admitida no edital. Para especialistas, o que permitiu um preço tão baixo foi provavelmente a parcela de 30% da energia elétrica destinada ao mercado livre, comprada diretamente da usina por grandes empresas. Esses consumidores pagariam bem mais por megawatt/hora do que o valor oferecido, que vale para o mercado atendido pelas distribuidoras. A Cemig, que faz parte do consórcio, detém uma das maiores carteiras do País de grandes consumidores. "O consórcio só tem empresa experiente no setor, não tem nenhum aventureiro", destaca Marcelo Parodi, da Comerc Comercializadora de Energia. Mas as ações da Cemig caíram ontem.


Jornal do Brasil
"Governo contra a parede
Os governistas fizeram as contas e concluíram que não têm os votos necessários para aprovarem no Senado o projeto de emenda constitucional que prorroga a CPMF. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), requereu o adiamento da votação prevista para hoje, mas o DEM e o PSDB estão seguros de que a oposição tem votos para vencer a disputa, e decidiram insistir na manutenção da data. O risco de derrocada do imposto do cheque traz à tona outro problema para o Palácio do Planalto: é DRU (Desvinculação das Receitas da União), artifício segundo o qual 20% da arrecadação tributária podem ser usados no ajuste fiscal, livres das vinculações impostas pela Constituição para aplicação em áreas como saúde e educação. A prorrogação da DRU até 2011 tem de ser votada junto com a CPMF. Enquanto a CPMF garante R$ 40 bilhões por ano ao governo, a DRU permitiria, em 2008, que o Palácio aplicasse no superávit primário R$ 90 bilhões de recursos do Orçamento destinados à área social.

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