"Ideologia, preciso uma pra viver..."

O pensamento de esquerda não morreu

Dossiê deste mês da revista Cult mostra como teóricos esquerdistas criaram uma nova agenda de temas e discussões


Francisco Quinteiro Pires
No século passado, o fim das ideologias e da História foi proclamado com pompa aos quatro ventos. Conflitos de ordem ideológica sumiriam do mapa. Na contramão dessa promessa, o dossiê de outubro da revista Cult (R$ 9,90, 66 págs.) discute a renovação do pensamento esquerdista e reforça a afirmação do italiano Norberto Bobbio de que a tradicional divisão entre direita e esquerda não caducou.Duas correntes condenaram o esquerdismo à extinção. A primeira acusa a esquerda de ser autoritária e ingênua. Ela se fortaleceu depois do colapso dos partidos comunistas no Ocidente. A segunda é chamada de 'viúvas da esquerda', que desde a queda do muro de Berlim dizem ser impossível a realização do Estado de bem-estar social, substituído por ações do terceiro setor, financiadas por bancos e corporações. Ela concorda cinicamente que a existência do sistema capitalista e da globalização é inevitável.

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