Dengue 2

Cidades podem ter suspensa verba contra a doença

Brasília
Cerca de 200 cidades do País podem ter os recursos para o combate à dengue bloqueados porque há seis meses não aplicam o que têm em caixa. "Muitas das cidades não usam recursos porque estão fazendo caixa para uma compra maior ou tem dúvidas sobre como usar o dinheiro", justifica o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Consems), José Ênio Servilha Duarte.
Em julho de 2006, 244 cidades tiveram os repasses suspensos pela mesma razão. O dinheiro que recebiam para ações de prevenção ficou intacto por seis meses.
Nesse grupo, estava Ubatuba, no litoral paulista, que na época vivia uma epidemia da doença.
Do grupo que teve os repasses suspensos no ano passado, 51 continuam com as verbas bloqueadas. "Há de tudo, até mesmo falta de comprometimento com a prevenção", completou Servilha Duarte. Para ele, no entanto, mais importante do que procurar culpados é oferecer mecanismos para garantir a todas as cidades rapidez na aplicação de recursos. "Para que esperar a cidade ficar seis meses sem gastar recursos?", afirmou. "Estados e União podem atuar de forma mais rápida, ajudar as cidades no que for possível, trabalhar junto para a aplicação adequada", arremata. O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, também considera arriscado suspender de imediato o repasse de recursos.
"O dinheiro vai para prevenção. Pode ser que o município desempenhe um bom trabalho em outras áreas além da dengue. Se tirarmos a verba, toda a população será penitenciada. É sempre uma decisão difícil, delicada", pondera. Ministério da Saúde e conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde preparam uma estratégia conjunta para fazer a intervenção rápida. "Precisamos forçar o município a gastar o dinheiro. De forma adequada, mas constante."
Fonte: "O Estado de São Paulo"

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