Opinião

Multiplicai os feijões!

Ronaldo Dias
O esgotamento dos estoques de todos os recursos naturais deve-se ao crescimento populacional, que foge a razão da consciência coletiva, e, desenha um futuro próximo, nada sombrio. As necessidades das populações têm evoluído e, seus hábitos de consumo se sofisticado. A modernidade e a evolução humana tem imposto um “estilo” de vida consumista, inebriante, desenfreado e venenoso, pois tem altas doses de dependência de insumos “naturais”. As políticas e as legislações preservacionistas conhecidas e aplicadas, mesmos aquelas dotadas de reais “boas intenções” apenas aliviam a culpa da responsabilidade com as futuras gerações. Nada mais! Engrossa o “coro” para eximir-se do “mea culpa” uma parcela das inúmeras propostas de “Arcas de Noé” que não produzem alento. Elegem alguma espécie (sortuda) dita em extinção e agem como se apenas, sua eleita, merecesse herdar o que sobrar do mundo! A existência destas “naus” justifica-se pelos bons (e bem remunerados) empregos gerados, sim, mas não passam além de econômicas maquiadoras de imagens públicas, de grandes empresas, que produzem altíssimos passivos ambientais e sociais. Diante deste quadro equivocado de consumo e, de investimentos em “passagens para o céu” é preciso mudar o tom. É preciso que a afinação e os acordes sejam direcionados para a infinita capacidade intelectual do homem. Investimentos, não em “desculpas” e justificativas mas, na ciência e na pesquisa, em busca de soluções práticas e concretas, de forma que o uso de todos os recursos (naturais ou não) seja cada vez mais racionais. É preciso que intelectuais, formadores de opinião, cientistas, pesquisadores, universidades, Ongs, Institutos, ligados a atitudes e ações cujo objetivo seja a preservação, vejam pelo prisma do homem e, sejam uníssonos em uma nova proposta. Uma proposta radical, consciente, inovadora, totalmente desprendida de preconceitos e do conceito de apenas “economizar” para preservar. É preciso, para manter o homem no planeta e, o planeta do homem, muito mais do que discursos xiitas e de leis preservacionistas. É certo que quando aumentam as bocas, melhor do que economizar nos “feijões” é saber como multiplicar seus grãos!

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