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Noticia veiculada no jornal "Imprensa Livre"

Elektro tenta cortar a luz de 47 famílias e comunidade impede ação na praia do Ubatumirim

Ubatuba
A Elektro enviou, na tarde de ontem, um grupo de funcionários para realizar a retirada de dois postes da empresa em Ubatumirim, fato que causaria o corte de energia elétrica em 47 casas que ocupam uma área no Norte de Ubatuba.
A paralisação do fornecimento não ocorreu porque a comunidade se reuniu e impediu a realização do serviço, por parte dos técnicos da empresa. A ação da Elektro é resultado de um acordo com a Prefeitura e Ministério Público, que, por meio da Promotoria Regional do Meio Ambiente, estabeleceu a retirada de dois postes da empresa em área de preservação permanente e o conseqüente corte da energia na região, como condição para a suspensão de uma ação contra a dona dos postes e da rede, a própria Elektro.
Os moradores do local pagaram a instalação da estrutura de energia à empresa Anchieta, que obteve autorização, para terceirizar a implantação da rede, em 2001 e, logo em seguida, doou todo o material à Elektro, inclusive os dois postes.Entretanto, a retirada da rede, nesta faixa de APP, irá suspender o fornecimento de energia a mais de 45 famílias na região, incluindo moradores com problemas sérios de saúde, que dependem da energia, para, por exemplo, conservar a insulina tomada por diabéticos. Advogados da Associação Protetora da Praia do Ubatumirim tentaram entrar com uma liminar para suspender o corte. Contudo, o documento já recebeu parecer negativo da promotoria e, certamente, será negado pela Juíza.
Sendo assim, a Elektro irá tomar as medidas legais para cumprir o acordo entre prefeitura, Ministério Público e Elektro, podendo pedir o auxílio de força policial para realizar a retirada dos postes. Caso a ação não seja possível por lei, a empresa promete comunicar as partes envolvidas no acordo.
Os moradores estão indignados com a atitude e consideram a medida desumana. O procurador de Justiça e, professor de Direito Penal, José Guerra Armede acredita que, além da violação de direitos constitucionais, a empresa poderá cometer crimes em retirar um direito de digna cidadania já prestado, desde 2001. Com a interrupção da energia, a conservação de alimentos e medicamentos ficará comprometida, colocando em risco a saúde e a própria vida das pessoas atingidas, entre elas, idosos e crianças. A reportagem do Jornal Imprensa Livre só recebeu a notícia no final da tarde e não conseguiu encontrar os responsáveis pelo caso, na Promotoria da Cidade.

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