Com o dedo de Dirceu...

PF expõe vísceras do Corinthians/MSI
Sábado, 8 de setembro de 2007, 14h00


Bob Fernandes
Por mais que pareça ficção, o que se lerá aqui é uma história verídica, repleta de intrigas, mentiras, mas muitas mentiras mesmo, ciúmes entre homens, deslizes, traições, ameaças e, até, um romance numa alta corte da Justiça fluminense. O enredo passeia, ainda, por gabinetes bem próximos ao do presidente da República, no Palácio do Planalto, além do seu próprio gabinete.
Tudo resumido em um relatório da Polícia Federal com 72 páginas, produto de investigações e interceptações telefônicas feitas com autorização judicial. Este Editor-chefe de Terra Magazine e o colunista da Folha de S.Paulo Juca Kfouri tiveram acesso ao material, assim como, pelo menos, um dos advogados de pessoa citada.
Não por acaso, com uma ou outra alteração por questões de estilo ou espaço, o texto das reportagens é, nuclearmente, o mesmo.
Essa história tem nome, como é habitual nas ações da Polícia Federal: Operação Perestroika.
O mote foi a parceria Corinthians/MSI.


Kia, Ricardinho e o milhão


Aqui neste espaço o enredo começa a ser tecido numa conversa entre Kia Joorabchian, o empresário iraniano que representava o fundo MSI (Media Sports Investment), ex-parceiro do Corinthians, e o jogador Ricardinho (agora no Besiktas, na Turquia), na qual o atleta é informado:
- (...) conforme combinaram o dinheiro vai ser pago hoje, mas que acha que só vai ser creditado amanhã, pois está pagando fora do país.
Ricardinho, então, pergunta se será avisado do crédito e Kia diz que sim, ao pedir que ele fale com o advogado da parceria, Alexandre Verri, "para confirmar a transação".
Kia informa que o crédito é de US$ 1,144 milhão.
Quantias milionárias são o que há de mais comum nas conversas.
No dia 14 de agosto de 2006, por exemplo, às 12h16, a noiva de Kia, a advogada Tatiana Alonso, informa ao homem do futebol da parceria, Paulo Angioni, que conversou com o noivo e este disse que só poderia dar R$ 400 mil por mês para o técnico Emerson Leão - o que derruba a versão de que a MSI não participou da transação por não concordar com ela.

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