Bush

Das torres

Há exatos seis anos eu me preparava para fazer uma caminhada quando o telefone tocou. Era um amigo dizendo para eu ligar a televisão. Estava excitado, desligou sem se despedir. Fiz o que ele pediu a tempo de ver o segundo avião desaparecendo na torre, em cena de desenho animado. Depois foi a espera, enquanto as autoridades americanas corriam de um lado para o outro, feito comédia pastelão. As Torres Gêmeas ruíram e com elas o mito da invulnerabilidade do Império. Bush depois de ficar catatônico caçando moscas por longos sete minutos foi levado da escola onde estava para a limusine presidencial. O cortejo partiu em direção ao aeroporto na direção oposta ao aeroporto. Só perceberam que o caminho era outro depois de quarenta quilômetros. Woody Allen não teria pensado nisso. Consumado o ataque, a primeira reunião do governo para avaliar estragos e tomar providências ficou marcada pela decisão de atacar o Iraque. Alguém disse:
- Mas presidente, o Iraque não tem nada a ver com isso.
Bush teria retrucado:
- Não faz mal, o povo nem vai perceber.
Bush foi reeleito. Ainda bem que escolheu o Iraque.
Poderia ter sido o Brasil. (Sidney Borges)

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