Política

Nem vem que não tem

Quando eu era criança tinha um programa de televisão que eu não perdia. Miss Campeonato. Ia ao ar no Canal 5 de São Paulo, na época Organização Vitor Costa, (OVC) depois Rede Globo de Televisão. A miss era uma vedete rechonchuda e curvilínea, como eram as mulheres da época. Rose Rondeli, só de ouvir tal nome os adultos do sexo masculino pigarreavam, tossiam, e se as "patroas" estivessem por perto mudavam de assunto. A "boneca cobiçada" estava prometida ao vencedor do campeonato. No programa os clubes eram caracterizados por atores vestidos de acordo com a simbologia futebolística. O mosqueteiro era o Corínthians, o almofadinha de smoking o São Paulo, o português bigodudo a Lusa do Canindé, o peixeiro o Santos. O Palmeiras era o periquito, nada de porco, aliás dava briga chamar um palmeirense de porco, melhor suíno que eles não entendiam. Todas as semanas aconteciam historietas envolvendo o líder do campeonato, namorado temporário da miss e os enciumados pretendentes tentando convencê-la a mudar de idéia. Era ótimo para crianças. Neste momento em Ubatuba acontece uma situação parecida, só que a miss não é uma boazuda, mas um partido político desejado pelos pré-candidatos com o empenho de um faminto mergulhando no prato de comida. Em especial o Prefeito, que não tendo partido, quer concorrer à reeleição por uma legenda pronta, organizada e funcionando. Falo do PTB do meu amigo Tato, que dedica 25 das 24 horas do dia ao partido. Pelas informações que colhi em São Paulo, o PTB de Ubatuba vai lançar candidatura própria em 2008. O nome do candidato eu não estou autorizado a revelar, sei apenas que não começa com e. Podem, portanto, os menos avisados saber que é de bom alvitre ir tirando o pequeno eqüino da tormenta, senão ele pode ficar resfriado...

Sidney Borges

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