Editorial
Na rota do abismo
Se eu fosse piloto estaria apavorado, sei que muitos estão. Hoje o site do Claudio Humberto deu que um piloto da Gol não apareceu para cumprir a escala, sofreu ataque de pânico. Algumas coisas tão simples de fazer evitariam tragédias sem sentido e dariam tranqüilidade ao povo. Não aos clientes do Bolsa-Família, por certo, ao povo que voa. Aqueles que votaram no outro candidato, que trabalham e pagam os impostos que geram recursos para o Bolsa-Família. A burguesia, ou como dizem certos neo-religiosos, a direita, os idiotas que não sendo sindicalistas nem funcionários públicos lutam para viver e sabem o quão difícil é ganhar dinheiro honestamente, sem roubos, superfaturamentos ou empreguinhos de ocasião. Hoje somente banqueiros voam com certo sossego, os que são donos de Falcons e passam acima das aerovias, sem perigo de serem esquecidos pelos controladores. Banqueiros e o presidente Lula, que quando sai do chão tem todo o controle aéreo do país trabalhando exclusivamente para ele. Primeira sugestão às “autoridades”: separem os vôos por níveis. Calma, calma, não é para ninguém ficar nervoso, eu sei que a aviação do Brasil é a melhor do mundo, que nossos controladores e pilotos são magníficos e que os acidentes devem ter acontecido por acaso, ou por conspiração da direita que quer impedir a todo custo o florescimento do socialismo. Escutem só um pouquinho. Primeiramente uma recordaçãozinha de matemática. Números ímpares não são divisíveis por dois. Cinco é ímpar, já seis é par, se dividido por dois dá três e o resto é zero. Capicce? Agora um pouquinho de Física. Antes uma boa notícia que só vem confirmar o que pouco menos da metade dos brasileiros sabe: é possível viver sem cérebro. Voltando à Física: toda direção admite dois sentidos de percurso. A direção horizontal pode ser percorrida da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. No espaço aéreo brasileiro podemos considerar duas direções, uma vertical e outra horizontal. Na vertical há duas possibilidades, você pode subir ou descer, caso sua viagem seja do sul para o norte, você poderá voar em níveis que terminem em dois e quatro antes do último zero. Nível 320 ou nível 440 estarão ao seu dispor. Para baixo, escolha 310 ou 430 ou ainda 530. Sacou, números um e três antes do último zero. Na direção horizontal, se você vai do oeste para leste, seus níveis devem terminar em 6 e 8 antes do zero. Níveis bons para você são 160, 280, e 360, para citar alguns.
Do leste para o oeste, você terá a possibilidade de voar nos níveis que terminam em sete e nove antes do zero. 170, 290, 370, 490. Em cada uma das direções considerem cinco aerovias lado a lado em cada sentido, separadas dez quilômetros uma da outra. Sei que alguém vai criticar o meu projeto, mas se ele estivesse em prática o Boeing da Gol ainda estaria em operação e muitas vidas teriam sido poupadas. Quanto ao acidente da TAM, jamais compreenderei como a empresa pôde usar um avião com pane no sistema de frenagem em um aeroporto tão crítico. No manual de treinamento da dita cuja os pilotos são aconselhados a usar os reversores. Como fazer isso se a própria empresa lhes coloca nas mãos aviões sem o equipamento funcionando perfeitamente? O melhor a fazer é esperar que “Nosso Guia”, com a sabedoria divina que possui desde o nascimento diga o que devemos fazer. Nunca antesnestepaíz voar foi tão perigoso. E há quem queira que o homem continue em 2010. Xô...
Sidney Borges
Se eu fosse piloto estaria apavorado, sei que muitos estão. Hoje o site do Claudio Humberto deu que um piloto da Gol não apareceu para cumprir a escala, sofreu ataque de pânico. Algumas coisas tão simples de fazer evitariam tragédias sem sentido e dariam tranqüilidade ao povo. Não aos clientes do Bolsa-Família, por certo, ao povo que voa. Aqueles que votaram no outro candidato, que trabalham e pagam os impostos que geram recursos para o Bolsa-Família. A burguesia, ou como dizem certos neo-religiosos, a direita, os idiotas que não sendo sindicalistas nem funcionários públicos lutam para viver e sabem o quão difícil é ganhar dinheiro honestamente, sem roubos, superfaturamentos ou empreguinhos de ocasião. Hoje somente banqueiros voam com certo sossego, os que são donos de Falcons e passam acima das aerovias, sem perigo de serem esquecidos pelos controladores. Banqueiros e o presidente Lula, que quando sai do chão tem todo o controle aéreo do país trabalhando exclusivamente para ele. Primeira sugestão às “autoridades”: separem os vôos por níveis. Calma, calma, não é para ninguém ficar nervoso, eu sei que a aviação do Brasil é a melhor do mundo, que nossos controladores e pilotos são magníficos e que os acidentes devem ter acontecido por acaso, ou por conspiração da direita que quer impedir a todo custo o florescimento do socialismo. Escutem só um pouquinho. Primeiramente uma recordaçãozinha de matemática. Números ímpares não são divisíveis por dois. Cinco é ímpar, já seis é par, se dividido por dois dá três e o resto é zero. Capicce? Agora um pouquinho de Física. Antes uma boa notícia que só vem confirmar o que pouco menos da metade dos brasileiros sabe: é possível viver sem cérebro. Voltando à Física: toda direção admite dois sentidos de percurso. A direção horizontal pode ser percorrida da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. No espaço aéreo brasileiro podemos considerar duas direções, uma vertical e outra horizontal. Na vertical há duas possibilidades, você pode subir ou descer, caso sua viagem seja do sul para o norte, você poderá voar em níveis que terminem em dois e quatro antes do último zero. Nível 320 ou nível 440 estarão ao seu dispor. Para baixo, escolha 310 ou 430 ou ainda 530. Sacou, números um e três antes do último zero. Na direção horizontal, se você vai do oeste para leste, seus níveis devem terminar em 6 e 8 antes do zero. Níveis bons para você são 160, 280, e 360, para citar alguns.
Do leste para o oeste, você terá a possibilidade de voar nos níveis que terminam em sete e nove antes do zero. 170, 290, 370, 490. Em cada uma das direções considerem cinco aerovias lado a lado em cada sentido, separadas dez quilômetros uma da outra. Sei que alguém vai criticar o meu projeto, mas se ele estivesse em prática o Boeing da Gol ainda estaria em operação e muitas vidas teriam sido poupadas. Quanto ao acidente da TAM, jamais compreenderei como a empresa pôde usar um avião com pane no sistema de frenagem em um aeroporto tão crítico. No manual de treinamento da dita cuja os pilotos são aconselhados a usar os reversores. Como fazer isso se a própria empresa lhes coloca nas mãos aviões sem o equipamento funcionando perfeitamente? O melhor a fazer é esperar que “Nosso Guia”, com a sabedoria divina que possui desde o nascimento diga o que devemos fazer. Nunca antesnestepaíz voar foi tão perigoso. E há quem queira que o homem continue em 2010. Xô...
Sidney Borges
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