Editorial

Esquentando os motores

Começou o segundo semestre de 2007. Não sei se acontece com todas as pessoas, mas tenho a impressão de que o tempo está se escoando muito depressa. Já tratei do tema em outras oportunidades, sempre recordando Santo Agostinho, que disse saber o que é o tempo, mas se perguntado não saberia como explicá-lo. Neste segundo semestre que se inicia, teremos as definições das forças que se enfrentarão em 2008 buscando o comando de Ubatuba. Nos últimos tempos falei pouco e procurei fugir das especulações, sempre baseadas em fofocas. Com a proximidade da hora da verdade vou retomar os comentários políticos. Começo com uma constatação do óbvio. Quem eram os vereadores oposicionistas na gestão de Paulo Ramos? O leitor não está lembrado? Vou ajudar: Domingos dos Santos, Eduardo Cesar, Charles Medeiros e Rogério Frediani. Dos quatro citados só um não tem mandato atualmente. Os outros estão em evidência e devem continuar assim. E os vereadores da base de Paulo Ramos, como ficaram? Dois voltaram à Câmara, Ricardo Cortes e Gerson de Oliveira, mas esses têm votação cativa, independente de apoiar ou não o prefeito. Caso sejam candidatos têm grande chance de continuar na vereança. Sobre os outros vereadores nada posso afirmar, sei que há três que aglutinam as preferências dos eleitores, pelo menos foi o que eu vi em uma pesquisa recente. Nenhum dos três é da situação. Um detalhe a ser observado, caso o número de vereadores continue o mesmo, apenas nove cadeiras estarão em disputa. Dificilmente Julião, do PTB, estará fora da Câmara em 2009. Os candidatos a prefeito são os mesmos de sempre. Eduardo Cesar tentará a reeleição, provavelmente pelo DEM. Dono da máquina, o Prefeito é sempre favorito, embora Ubatuba seja um caso à parte, aqui um prefeito ficou em último lugar. Paulo Ramos, do PDT, duas vezes prefeito é o líder das pesquisas, seu estilo é comer pelas beiradas, vai quietinho e chega atropelando. Ganhou duas assim, vai tentar a terceira. Contra ele pesa um alto nível de rejeição, fruto do conjunto da obra. O terceiro dos candidatos conhecidos é Pedro Tuzino, que ainda não definiu por qual partido concorrerá. Candidato de respeito pelo retrospecto, Pedro certamente terá uma votação expressiva, embora tenha de trabalhar contra o fator rejeição. Seus índices são preocupantes, fruto de erros estratégicos na campanha de 2004. Por último a novidade, Sérgio Caribé, do PSDB, o candidato a vereador mais votado em 2004 quando concorreu pelo PV. Praticamente desconhecido da metade dos munícipes, Caribé está construindo sua candidatura na base do corpo-a-corpo. Tem percorrido Ubatuba de norte a sul sem descanso. Com base em recursos pessoais e familiares, ele certamente terá um suporte de marketing diferenciado e deverá entrar na disputa como um dos favoritos. Ao logo do tempo os candidatos têm mostrado projetos de poder, não mostraram ainda projetos de governo. Racionalidade e planejamento não são palavras usuais em seus repertórios. O Ubatuba Víbora ficará no aguardo de manifestações inteligentes. Caso aconteçam, serão divulgadas com destaque. O que temos atualmente é pouco em relação ao que a cidade necessita. O panorama é de gato branco em campo de neve. Nada a ver...

Sidney Borges

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