Crise

Senadores contestam autoridade de Renan em plenário

Depois da derrota na reunião da Mesa Diretora e de dizer ao longo do dia que permaneceria como presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) comandou nessa terça (3) sessão plenária em que foi submetido a críticas com um recado explícito: a maioria dos senadores não reconhece mais sua autoridade como chefe do Poder Legislativo.
Renan leu um comunicado anunciando que não renunciaria e tentou chamar a “ordem do dia” para comandar uma sessão que provasse que ele mantém a normalidade institucional da Casa. À revelia dele, pedindo sucessivas “questões de ordem”, o plenário debateu a situação política de Renan, que assistiu a um bombardeio de críticas. Durante duas horas, sua autoridade foi contestada por colegas dos mais diversos partidos, que se revezaram na tribuna para dizer que a crise instalada no Senado está abalando a imagem da instituição e causando constrangimento a todos.
“A rua já o condenou e o que passa para as ruas é que as investigações estão sendo pilotadas pelo presidente investigado” disse o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). “A instituição está sub judice”, enfatizou. Agripino anunciou que “não há clima para votar nada”.
“Estamos caminhando para um clima de desordem”, resumiu o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). Dos 16 senadores que usaram o microfone, pelo menos 14 deixaram Renan na berlinda, disparando o mesmo recado: ele perdeu as condições políticas para permanecer no cargo, apesar das tentativas de dar clima de normalidade às sessões. Na cota de defensores, apenas o líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), e o senador Almeida Lima (PMDB-SE).
Fonte: Agência Estado

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