Educação

“Descrença”

Corsino Aliste Mezquita
Comentamos em: “EDUCAÇÃO EM DESTAQUE”, dúvidas sobre os êxitos futuros do Plano para o Desenvolvimento da Educação –PDE-. Nossa descrença não se prende ao plano formulado. Teoricamente apresenta acertos e, em situação normal de pressão e temperatura, governos fortes, honestos, fiscalizadores e controladores dos recursos por eles (governos) liberados e ou administrados, daria certo e promoveria avanços significativos no desenvolvimento da educação nacional de qualidade.
Infelizmente, no país, possuímos poucos governos que reúnam as características e qualidades acima relacionadas. A corrupção domina todos os poros da vida nacional e, a própria sociedade, é omissa, relapsa, displicente e avessa a controles.
Por outra parte e supostamente, os departamentos do Ministério da Educação estão ocupados por sindicalistas e políticos que já sinalizaram procedimentos de corrupção e falsidade ideológica.
O próprio Ministério da Educação errou???...errou???..., quando, na campanha eleitoral de 2006, promoveu a divulgação dos resultados da avaliação do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) das prefeituras de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Boa Vista e Porto Velho. Justamente capitais de estados possuidores de candidatos de oposição fortes, ao governo desses Estados, situando, essas capitais, em posições bem abaixo da realidade. Classificaram São Paulo, no rol das 27 capitais, em 20° lugar em Matemática e 21° lugar em Português. Após protestos e pedidos de revisão resultou que a classificação verdadeira era 12° lugar em ambas disciplinas. Essas supostas mazelas da educação paulistana foram: ampla, irrestrita, agressiva e contundentemente divulgadas, pelas hostes do PT e da CUT, para prejudicar, enlamear, conspurcar e queimar o ex-prefeito e candidato a governador. Essas mesmas forças trogloditas e jurássicas apoiando alunos privilegiados e que gozam de estudos e outras regalias pagos pelo ICMS, que todos os cidadãos pagamos, perturbam, neste momento, a paz, a ordem, a disciplina, a hierarquia legal, nas universidades paulistas e em algumas federais, prejudicando a formação, a pesquisa, a ciência e a ordem social necessárias ao desenvolvimento da educação. Sem ordem, disciplina e respeito à lei não existiram progressos, no passado e não existirão, no futuro. O dístico da Bandeira Nacional nos indica essa afirmativa.
Analisados esses comportamentos, podemos confiar em nossos governantes ministeriais? São eles que distribuirão os bilhões de reais que financiarão o PDE. É possível acreditar no êxito futuro desse Plano?.
No que tange à educação do Estado de São Paulo foi mais vergonhoso. APEOESP e CUT publicaram jornal (tivemos acesso a ele) que a Justiça Eleitoral mandou recolher, informando ser o Estado de São Paulo o que possuía piores índices educacionais no Brasil. Os resultados do IDEB publicados recentemente, sem erros e manipulações, indicam:
Estado de São Paulo - Prefeitura englobada:
1° classificado na avaliação de 4ª série;
4° classificado na avaliação de 8ª série;
11° classificado na avaliação de terceira série do Ensino Médio. Nas três avaliações bem acima da maior parte dos estados.
Descobriu-se também que, dos 10 (dez) municípios que tiveram nota acima de seis, na 4ª série, 09(nove) são paulistas, sendo a maior nota 6,8 (seis ponto oito) a de Barra do Chapéu, no Vale do Ribeira – SP. A educação de Belo Horizonte e Porto Alegre também estava e está entre as melhores do país.
Leva também à descrença a publicidade enganosa, oca e desprovida de ações que, até o momento, assistimos. Os gastos com propaganda leviana e sem alicerces reais seriam, com melhor eficiência aplicados, em providenciar soluções para a construção de escolas decentes, formação e remuneração digna dos profissionais da educação, equipamentos, materiais escolares, criação de ambientes familiares e sociais seguros e que permitam às crianças e jovens freqüentar boas escolas, livremente e sem perigos. No lugar de tanta propaganda são necessárias ações simples, adaptadas a cada realidade regional, e que levem feijão - com arroz - educacionais, bem temperados, a todas as crianças e jovens do Brasil.
Se da desonestidade e fraudes das cúpulas partirmos para as bases e observarmos os comportamentos dos prefeitos, secretários municipais de educação, profissionais da educação, carências de formação, ética, licenças saúde fraudulentas, greves imotivadas, pontos facultativos, deficiências estruturais dos prédios, construções superfaturadas, desvios de verbas para esportes e cultura, etc.. etc.. perceberemos que, não há motivação para ufanismos e grandes esperanças.
Mesmo descrentes auguramos sucesso ao PDE.

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