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O caso Joaquim Roriz

Editorial de O Estado de S.Paulo, hoje:
"No cenário político brasileiro tantos têm sido os casos de carreiras que se iniciaram em situação econômica bem modesta e ao cabo de alguns anos transformaram em milionários políticos que têm se servido da função pública como meio de vida, que pode até parecer a coisa mais natural do mundo a grande fortuna acumulada por quem foi vereador, deputado, prefeito, ministro, governador do Distrito Federal (DF) por quatro vezes e senador da República, especialmente se dedicado, paralelamente, a um dos negócios que nas mãos de políticos se têm tornado de uma rentabilidade mágica, acima de quaisquer valores de mercado, a saber, os negócios com gado. No entanto, graças à escuta telefônica - já que os políticos caboclos ainda não descobriram que hoje a forma de contato mais segura para suas transações “pouco transparentes” talvez seja a utilização do Correio -, às vezes vêm à tona rastros de exuberantes operações com dinheiro suspeitíssimo, que exibem, de forma acachapante, o grau da gangrena moral que atinge a vida pública neste país.
O senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) foi flagrado, no curso de uma operação da Polícia Civil do DF que investigava desvios de recursos públicos no Banco Regional de Brasília (BRB, instituição financeira estatal do DF), em diálogos com um dos presos na operação, o ex-presidente do banco Tarcísio Franklin de Moura, que com Roriz combinava a entrega de R$ 2,2 milhões em moeda sonante. (...)
É verdade que o Senado da República tem outro assunto muito grave para resolver. Mas, pela evolução dos dois casos, até agora, o que temem os brasileiros, que não perderam a esperança de ver a decência prevalecer sobre a imoralidade na vida pública deste país, é que uma indecência venha servir para abafar outra."

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