Corrupção

Renan é acusado de usar laranjas

De O Globo, hoje:
"O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), são acusados, em um procedimento administrativo instaurado no Ministério Público Federal de Alagoas, de ocultar que são donos de propriedades rurais na região de Murici, terra natal e berço político dos Calheiros. Eles foram denunciados aos procuradores da República pelos primos Antônio Gomes de Vasconcelos e Dimário Cavalcante Calheiros, em depoimentos prestados em junho de 2005 e obtidos pelo GLOBO. Dimário disse no depoimento que Renan comprou dele, em 2002, a Fazenda Novo Largo, no município de Flexeiras, vizinho de Murici. A propriedade, no entanto, não consta da declaração de bens entregue pelo senador, no mesmo ano, à Justiça Eleitoral. Renan usaria laranjas para esconder ser dono de fazendas em Alagoas.
O presidente do Senado, que hoje fará um pronunciamento no plenário, deverá alegar a posse de terras para justificar os rendimentos com atividades agropecuárias com os quais tenta explicar o dinheiro repassado mensalmente à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos. Acusado pela revista "Veja" de ter as contas pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, Renan anteontem mostrou declarações de renda em que consta o lançamento de lucros com atividades agropecuárias, embora, oficialmente, não tenha propriedades rurais em seu nome. Renan admite ter usado o lobista para entregar dinheiro a Mônica, mas alega que usava recursos próprios.
Dimário, que é conhecido no interior de Alagoas como irmão adotivo de Renan, procurou o Ministério Público em 2005, depois de ter descoberto que, pelo menos em documentos públicos, constava como dono da Fazenda Cocal, em Murici, sem nunca ter adquirido as terras. Seu nome aparece em um documento do Ibama, enviado ao Ministério Público Federal, que relaciona as propriedades situadas dentro da Estação Ecológica de Murici. As fazendas serão desapropriadas e seus donos receberão indenizações milionárias, dentro do plano de recuperação ambiental da região. As suspeitas de fraudes, no entanto, emperraram o processo. Dimário acredita ter sido usado como laranja pela própria família, que estaria de olho nas indenizações a serem pagas pela União."

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