Ubatuba em foco

“Confirmação da catástrofe”

Corsino Aliste Mezquita
A TV VANGUARDA, às 19: 10 do dia 13-04-07, anunciou: “Os casos confirmados da dengue, em Ubatuba, chegaram a 3000 (três mil)”. Todos já sabíamos que, o número, era assustador e que, certamente, ultrapassa o divulgado pela TV Vanguarda. A epidemia da dengue está descontrolada. As providências, da administração municipal, insuficientes, pouco visíveis, ineficientes, com indícios de descaso, publicidade enganosa e tentando responsabilizar a sociedade, as casas de temporada, as chuvas e São Pedro pela catástrofe. Esqueceram, nossos políticos de plantão, que os cidadãos, as casas de temporada, as chuvas e São Pedro sempre existiram e a dengue não. A epidemia da dengue é patrimônio da imprevidência e do descaso, com a saúde pública, da administração do Sr. Eduardo de Souza César.
Culpar às chuvas, pelo fenômeno, é desinformação. Desde a década de 1930, quando foi criado o observatório meteorológico da Estação Experimental do Horto Florestal, o verão de 2007, foi o de menor índice pluviométrico. O mais seco.
As autoridades municipais parece pertencerem ao time denunciado por professor da UNICAMP: “ESTADO GRAVE”. “Há certo descaso em alguns lugares com a dengue. Fica aquele conceito que é aquela doença sem problemas. Dengue é uma doença potencialmente grave, principalmente em crianças e idosos”. (Luiz Jacinto da Silva. Infectologista e professor titular da UNICAMP. FOLHA A2, OLHO, de 09-04-07).
Já o médico infectologista, Dr. Luiz José de Souza afirma: “Os médicos não estão treinados para diagnosticar a dengue. Existe a cultura de atribuir tudo a virose”.
Não há como continuar com a hipocrisia de que nada de grave está acontecendo. A situação é grave, gravíssima e não podem ser aceitas promessas como: “estamos planejando”, “vamos fazer”. A epidemia é tão violenta que exige ações enérgicas, imediatas, eficientes, visíveis, em todos os bairros do município, principalmente nos mais atingidos pela epidemia.
Os artigos indignados publicados diariamente na INTERNET, os publicados na imprensa escrita independente, por diversos cidadãos, o abaixo assinado solicitando uma CPI para a saúde, a notícia de “ATOS ANTIECONÔMICOS” denunciados, no Diário Oficial da União, contra o atual administrador da Santa Casa, os fatos “CABELUDOS” ocorridos naquela instituição e também denunciados na imprensa ou de “boca em boca”, o esvaziamento do município na Semana Santa, (este só os áulicos da administração não conseguiram ver e atribuir à dengue), a manchete: “População faz manifestação contra dengue em frente prefeitura”. (Litoral Virtual 12-04-07) e tantas outras manifestações indicam a gravidade da epidemia e a necessidade de providências e transparência na administração dos recursos da saúde.
A administração do “NUNCA ANTES” tem, na dengue, uma prova da autenticidade de seu slogan. Nunca antes, Ubatuba, tinha sofrido epidemia de dengue. A dengue é façanha dos atos supostamente arbitrários, da falta de ouvir o povo, do excesso de comissionados e terceirizados da administração do “RESGATE”. Da dengue, o Sr. Eduardo de Souza César, não pode culpar administrações anteriores, como tem feito, através de calúnias, com tantas outras mazelas por ele criadas. Com essa sua postura de culpar os outros e o passado já incorreu na afirmativa de Rui Castro: “ Mas o presente que atropela e esmaga o passado só terá, no futuro, sua própria mediocridade a exibir. Se tiver Futuro”. (Rui Castro. “Mamutes mecânicos”. Folha A2 de 09-04-07).
A dengue, a Santa Casa e outras “cositas mas” já estão expondo a mediocridade no presente. A voz do povo e os meios de comunicação o confirmam.

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