Hospício II

Tiros em Columb..., ôps, onde mesmo?

Mais um maluco saiu atirando a esmo e matando pessoas que tiveram o azar de estar em sua frente. É chocante, mas está se tornando rotina. Nós tivemos uma experiência semelhante em um cinema de São Paulo, quando um estudante de Medicina disparou uma metralhadora contra a platéia, com mortos e feridos a lamentar. Duas coisas notáveis nesse acontecimento. Os jornais de papel perderam definitivamente a primazia da notícia. Hoje amanheceram estampando manchetes sobre um fato recente, de algumas horas, porém já dado e repercutido ao infinito na Internet. Manchetes velhas. Quer saber o que vai pelo mundo? Acesse a Internet. Sobre o triste acontecimento, algumas considerações não podem deixar de ser feitas. Como justificar racionalmente uma atitude dessas? Ação terrorista? Essa hipótese daria um certo alento, o ser humano está salvo, foi apenas um lance da guerra que os Estados Unidos travam pelo controle energético. No entanto, os primeiros informes dão conta de um ato individual. Como justificar então? Somos racionais ou nem tanto? O que podemos constatar empiricamente é que o tecido social se assemelha a um organismo vivo. A vida transcorre normalmente até uma célula sair da normalidade e contaminar o tecido periférico. Em certos casos basta eliminar tal célula e o organismo continua vivendo até a morte inevitável. A sociedade americana está visivelmente doente. Vive uma cultura dicotômica de fartura e violência, fato que pode ser constatado na industria do entretenimento. Sempre presente, desde jogos de computador a filmes destinados aos jovens, a violência é o tema preferencial. Com um agravante, apesar da aparente liberalidade, a sociedade americana é repressora e moralista. Junte os ingredientes: moralismo, repressão, violência, armas a granel disponíveis em qualquer quitanda e de tempos em tempos veremos o Jornal Nacional mostrando um gringo maluco explodindo jovens inocentes. E não será produção de Hollywood, no canto da tela vai aparecer piscando o selo: “ao vivo”. Na seqüência o milésimo gol de Romário para deixar claro que ao sul do Rio Grande tudo continua como d’antes... (Sidney Borges)

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