Editorial

Desesperança desesperadora

Embora ainda faltem muitos meses, as campanhas para as eleições de 2008 estão nas ruas. De forma velada, mas perceptíveis por quem tem um olho apenas, ainda que míope. Os agentes políticos ubatubenses, de todos os matizes, da extrema esquerda à extrema direita, com raras exceções, repetem a velha cantilena, a mesma que colocou Ubatuba onde está. À beira do abismo. Não há seriedade, não há trabalho, não há propostas. De nenhum dos postulantes. Haverá sim calhamaços de papel impresso detalhando programas de governos. Que não serão seguidos. Depois do poder conquistado a ordem é mantê-lo a todo custo, ainda que a cidade afunde e afogue seus moradores na desesperança. A desesperadora desesperança do título deste desabafo em forma de editorial. Estamos frente a um dilema. A possibilidade de haver continuidade é questionável, quem pouco fez, pouco ou nada fará. Sempre é bom lembrar que os homens não mudam. As alternativas também são questionáveis. Vamos voltar a um passado que renegamos? Ubatuba precisa de seriedade e austeridade, precisa de gente que tenha um mínimo de compromisso e disposição para trabalhar. Pelo que está sendo mostrado, não há ninguém com esse perfil. Não há no horizonte um nome que se mostre capaz de liderar a tão necessária mudança de parâmetros. Alguém que nos livre do atoleiro. Espero ansiosamente ver argumentos capazes de me fazer mudar de idéia, por enquanto o meu voto se configura nulo. Com convicção. Falta imaginação a esta cidade que se parece com a "Caverna de Platão", onde a realidade é contituída de sombras projetadas, bidimensionais e monocromáticas. Acorda Ubatuba o mundo é tridimensional e policromático, colorido. É possível ser feliz apesar dos políticos. Está na hora de pensar grande.

Sidney Borges

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