Maluf: é tudo mentira!

Para promotor, com indiciamento, Maluf não poderá deixar o Brasil

Camilo Toscano
Um dos protagonistas das investigações contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito de São Paulo (1993-1996), o promotor de Justiça Silvio Marques afirmou nesta quinta-feira (8/3) que o indiciamento de Maluf e seu filho Flávio em Nova York (EUA) reforça a importância da apuração no Brasil.
“O indiciamento revela que as investigações brasileiras encontram substrato e sustentação nos documentos que foram encaminhados pelos EUA. Também é uma prova de que a cooperação internacional funciona quando existem pessoas interessadas em apurar os crimes”, afirmou com exclusividade a Última Instância. “É uma decisão do Grand Jury que revela que o ex-prefeito praticou crimes também em Nova York.”
De acordo com o promotor, o indiciamento nos EUA dificultará a saída de Maluf, e dos demais envolvidos, do Brasil. Isso porque, ao deixar o país, haveria boas possibilidades de as autoridades norte-americanas pedirem a prisão dos indiciados - o pedido vale para os países que têm acordo de extradição com os EUA. Sobre uma eventual condenação de Maluf, o promotor considera a hipótese remota, já que é preciso que o ex-prefeito se defenda perante a Justiça dos EUA - em nota, o ex-prefeito informou que já contratou advogado para o caso.
“Essa sentença condenatória não vai sair, porque o processo fica sobrestado [em suspenso] até o Maluf e o Flávio aparecerem lá [nos EUA]. E, como não vão aparecer, porque vão ser presos, obviamente essa possibilidade é remota”, afirma Silvio Marques. “Se [Maluf] deixar o país, os EUA podem emitir ordem internacional de prisão e ele ser preso em, por exemplo, Paris e ser extraditado para os EUA.”
Silvio Marques afirmou também que irá solicitar cópias dos documentos produzidos em Nova York e reputou o trabalho de colaboração entre as autoridades norte-americanas e brasileiras como fundamental para o andamento das investigações. Entre outras contribuições, os investigadores brasileiros levaram testemunhas para depor nos EUA.
Fonte: Última Instância

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