Editorial

A ver navios

Vamos continuar sem saber os salários dos médicos da Santa Casa. Embora a Comissão da Câmara tenha enviado ofício solicitando a informação, não foi atendida. A Prefeitura miguelou. Ainda hoje publicarei detalhes do relatório apresentado ontem, assinado pelo relator da Comissão, vereador Gerson “Biguá” de Oliveira, que bateu duro no Prefeito. Na seqüência, ao falar em plenário, o nobre edil tentou colocar panos quentes no que havia firmado. Isso é o que podemos chamar de coerência. O pau está comendo no ninho tucano. Na última reunião por pouco não houve pugilismo explícito. Com a saída de Marcos Alcântara e com os interesses óbvios do prefeito, que prefere Caribé fora da parada, a próxima convenção do PSDB promete ser bastante animada. O que é interessante é a questão do referencial, embora sem partido, há uma nítida tentativa do Prefeito de controlar todos os partidos, que em Ubatuba são meros passaportes para as eleições. Candidatos migram da extrema direita para a extrema esquerda com a facilidade com que trocam de camisa. Querem um exemplo? Eduardo de Souza Cesar, atualmente sem partido. Perguntem a ele quantos foram as siglas pelas quais passou nos últimos dez anos? Caso não haja resposta, amanhã eu conto. Nesse quadro de indefinição ideológico-programática, a força do candidato Caribé, que desponta como o maior adversário de Eduardo César, reside no próprio candidato. No PSDB, ou fora dele, Caribé vai ser um osso duro de roer em 2008. Fidelidade partidária é coisa para democracias amadurecidas. Um dia Ubatuba vai evoluir politicamente, isto é, caso sobreviva aos desmandos contínuos que sofre desde a passagem de Ciccillo Matarazzo pela prefeitura. Por falar nisso, vocês viram a notícia da Vanguarda de ontem? O emprego formal cresceu em toda a região, menos em Ubatuba, onde 300 postos de trabalho desapareceram. Eu não me ufano, e tenho razões para tanto...

Sidney Borges

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