Ficção
Para não falar de política
A coisa tá tão russa em Ubatuba que resolvi dar um tempo. Não vou falar da conjuntura local, enrolada como os carretéis das afamadas Linhas Corrente. Haverá luz no fim do túnel?
Há mais ou menos setenta anos a Terra correu risco de extinção. Aconteceu com o pequeno planeta Mongo viajando celeremente pelo espaço em nossa direção. Seu ditador, o tirânico e implacável inimigo da justiça, Ming, que dominava Mongo, também queria nos dominar. Flash Gordon e sua encantadora Dale Arden partiram no foguete do Dr. Zarkov e salvaram a Terra e a democracia, além de permitir que tudo continuasse azul in the sky, com trilha sonora de Irving Berlin. Assim nossos pais puderam se casar e nós tivemos o privilégio de nascer tropicais e ver o Brasil pentacampeão. Agora a história se repete, o país mais poderoso do planeta é governado por um presidente que não é Ming, nem é de Mongo, mas é assemelhado a um mongo e só pensa naquilo, petróleo, e não está nem aí para o clima. E já não temos nenhum Zarkov para nos salvar, além do que as Dales de hoje em dia são de silicone, o que contribui para aumentar o aquecimento. Segundo a academia não há o que fazer, o ponto crítico foi ultrapassado. É sentar e esperar pelo juízo final que se aproxima, o que a bem da verdade, já tinha sido previsto pelo beato. Nós herdamos a Terra dos dinossauros, que desapareceram em um cataclismo. Quem herdará a Terra de nós? Baratas? Talvez. Quantos milhões de anos elas vão demorar para fabricar iPods? Haverá um dia uma barata esperta como Bill Gates? Hugo Chávez resistirá em uma caverna da Cordilheira dos Andes e lutará contra as baratas? Eduardo Cesar irá para o PSDB? Perguntas que ecoarão pelos quatro cantos do globo e ninguém jamais responderá. Além do mais há que se ressaltar que o globo sendo esférico, não tem cantos, o que invalida a tese. Talvez formigas? Ou Buicks inteligentes? (Sidney Borges)
A coisa tá tão russa em Ubatuba que resolvi dar um tempo. Não vou falar da conjuntura local, enrolada como os carretéis das afamadas Linhas Corrente. Haverá luz no fim do túnel?
Há mais ou menos setenta anos a Terra correu risco de extinção. Aconteceu com o pequeno planeta Mongo viajando celeremente pelo espaço em nossa direção. Seu ditador, o tirânico e implacável inimigo da justiça, Ming, que dominava Mongo, também queria nos dominar. Flash Gordon e sua encantadora Dale Arden partiram no foguete do Dr. Zarkov e salvaram a Terra e a democracia, além de permitir que tudo continuasse azul in the sky, com trilha sonora de Irving Berlin. Assim nossos pais puderam se casar e nós tivemos o privilégio de nascer tropicais e ver o Brasil pentacampeão. Agora a história se repete, o país mais poderoso do planeta é governado por um presidente que não é Ming, nem é de Mongo, mas é assemelhado a um mongo e só pensa naquilo, petróleo, e não está nem aí para o clima. E já não temos nenhum Zarkov para nos salvar, além do que as Dales de hoje em dia são de silicone, o que contribui para aumentar o aquecimento. Segundo a academia não há o que fazer, o ponto crítico foi ultrapassado. É sentar e esperar pelo juízo final que se aproxima, o que a bem da verdade, já tinha sido previsto pelo beato. Nós herdamos a Terra dos dinossauros, que desapareceram em um cataclismo. Quem herdará a Terra de nós? Baratas? Talvez. Quantos milhões de anos elas vão demorar para fabricar iPods? Haverá um dia uma barata esperta como Bill Gates? Hugo Chávez resistirá em uma caverna da Cordilheira dos Andes e lutará contra as baratas? Eduardo Cesar irá para o PSDB? Perguntas que ecoarão pelos quatro cantos do globo e ninguém jamais responderá. Além do mais há que se ressaltar que o globo sendo esférico, não tem cantos, o que invalida a tese. Talvez formigas? Ou Buicks inteligentes? (Sidney Borges)
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