Editorial

Disco voador... Começo a acreditar...

A primeira reação foi de perplexidade. Estarei ouvindo direito? Meus amigos sabem que meu único vício é caminhar com o Brasil, meu cão, conhecidíssimo na Ressaca onde todos o cumprimentam. Sem estar sob os efeitos de álcool ou de algum alcalóide, tratei de beliscar o braço. Era real, o beliscão doeu, meu interlocutor ao telefone deve ter estranhado o silêncio e depois a gargalhada. Eu não ria assim desde que assisti ao filme “A pantera cor-de-rosa”, em 1964. É divertido viver em Ubatuba. Aqui não precisamos ir ao cinema para as comédias. O dia-a-dia é um show interminável de trapalhadas, ao vivo e em cores. Os protagonistas são mais engraçados do que Peter Sellers ou Woody Allen. Eu gostaria de parabenizar o autor da trama que resultou na vacinação contra a Dengue. É um gênio. Um tiro de calibre doze no pé direito do doutor Ricardo Cortes não teria feito mal maior. Se um dia o caríssimo teve a pretensão de se tornar prefeito de Ubatuba, ontem esse sonho se distanciou alguns anos-luz. Vai ser difícil explicar ao povo o que de fato aconteceu. A vacina, que na verdade não era vacina, fazia parte de uma estratégia desastrada de marketing eleitoral. A partir de ontem meu preço para assessorar políticos dobrou. Nossos homens públicos são excessivamente matreiros. Matreiríssimos...

Sidney Borges

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