Câmara

Uma eleição com dois vencedores

A Câmara dos deputados tem novo presidente. Arlindo Chinaglia ganhou. De quebra, José Dirceu também ganhou e deve estar pensando: desta vez vai. Primeiro ele vai batalhar pela anistia (número 2), depois é difícil prever, quem sabe a prefeitura de São Paulo, a presidência da República, ou o comando do universo. Na juventude Dirceu tentou o poder pelas armas e quase deu com os burros n’água. Seus companheiros do Molipo não foram tão felizes, do grupo só sobrou ele. Depois da anistia (número um) começou o longo caminho do PT. Com persistência Dirceu trabalhou duro até alcançar o tão almejado poder, com a eleição de Lula. Um deslize do operador Waldomiro Diniz quase pôs tudo a perder. Dirceu segurou a onda, mas não teve sabedoria para avaliar a força do adversário e bateu de frente com Roberto Jefferson. Aí a casa caiu. Agora vai começar tudo outra vez. Falem mal de Dirceu, mas não digam que ele é pessimista. Está sempre disposto. Constrói e destrói para construir outra vez. A chegada parece não ter importância. O caminho é que fornece a adrenalina vital. (Sidney Borges)

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