Opinião

“Ingratidão”

Corsino Aliste Mezquita
Remexendo em papeis do passado deparei com reações documentadas (minhas e de colegas) à ingratidão de políticos, apoiados para serem eleitos, e que, de posse do poder esqueceram as promessas de campanha, os programas elaborados em conjunto, os interesses do município e as providências planejadas para incentivar seu desenvolvimento.
Quando cobrados sobre não estar honrando a palavra empenhada, sobre os desvios morais e éticos da administração, passaram a caluniar, insultar, denegrir e demitir sem considerar que a eles deviam o cargo eletivo que ocupavam. A ingratidão e a traição foram o pagamento a favores, apoios e militância recebida na campanha eleitoral. As carreiras desses políticos foram encerradas em único mandato. Tentativas posteriores não vingaram. Foram contaminadas pela ingratidão e os desastres anteriores. Não adiantaram promessas e falações bonitas. O povo não tinha esquecido. Os traídos e perseguidos estavam, na boca da urna, para informar os eleitores que, o candidato, não era filho legítimo.
Desde o “MINARETE” de trinta e quatro anos de Ubatuba observo os atropelos, as contradições, as perseguições, as semelhanças da administração do “NUNCA ANTES” com aquelas do passado. A quase infinita ingratidão do BURGOMESTRE com aqueles que o apoiaram, organizaram a campanha, emprestaram imóveis e recursos, subiram morro, amassaram barro, treinaram posturas, fizeram discursos e conquistaram o poder, para ELE, superou todas as ingratidões precedentes.
Alguns dos traídos tem manifestado seus sentimentos e frustrações através da imprensa virtual e escrita.
Outros o fazem nos círculos de amigos e nas conversas individuais.
Terceiros envergonhados afirmam: “DE NOVO JAMAIS”.
O PL mensaleiro, que o acolheu e lhe forneceu estrutura e recursos, o expulsou por deslealdade, violação do Estatuto do Partido e ingratidão.
O PT, que lhe emprestou a organização, a militância, a energia e os recursos delubianos, dele desligou-se por não cumprir o conveniado, os compromissos de campanha, e por deslealdade ao programa mais mínimo, previamente assumido.
“NUNCA ANTES” tinha se assistido, a tanta ingratidão, tanta deslealdade, tanta falta de sensibilidade política.
Alguém que emprestou sua casa, de graça, para sede de comitê, tem sido xingado e desprezado de público.
Cabo eleitoral está sendo processado por comissionados a pedido do alcaide. São tantos os comissionados processantes que alguém lembrou a turma do ALI BABÁ.
Colega de palanque, eleito vereador, teve desrespeitada a função fiscalizadora e imunidade parlamentar, por se opor a alguns desmandos.
Para emoldurar o quadro de ingratidão e traição política, dezenas dos que militaram na oposição, insultaram-se mutuamente em campanha, comeram e enfartaram-se em outras mesas e, para o público externo, defenderam outras idéias, posturas, éticas....encontram-se em cargos de confiança e juram fidelidade. Cabe perguntar: Fidelidade a quem e a que?
Cuidado! Ingratidão é doença endêmica incurável!.

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