Editorial

A Saúde está doente

A política está quente e a cada dia esquenta mais. Quando Paulo Ramos completou dois anos de governo pouco se falava no assunto, restrito à Câmara e a alguns bares. Hoje é diferente, as pessoas me param na rua para comentar e reclamar. Recebo semanalmente dezenas de denúncias. Poucas dignas de crédito. Quando peço documentos sempre há um parente trabalhando na prefeitura e, bem, melhor deixar pra lá. De boato em boato sobram alguns fatos incontestáveis. As fotos publicadas comprovam a necessidade de providências, como atesta uma conversa de bar que me chamou à atenção. Um dos participantes afirmava:
- Eu calaria a boca do Luiz Moura, do Guaruçá, que só publica o que existe de errado.
Alguém riu e perguntou como seria feito. Prisão, ameaças, seqüestro? A resposta foi didática:
- Nada disso, sem violência, eu colocaria uma equipe para consertar o que sai nas fotos. Bingo. Acertou na mosca. Fotos mostram o instante. Quando a realidade não nos agrada, o melhor a fazer é mudá-la, embora exista quem considere a opção de destruir a câmera.
Ultimamente só se fala da Saúde. São tantas as reclamações e tão desencontrados os boatos que estou buscando subsídios dar um tratamento mais aprofundado ao tema. Foi o item que fez com que muitos dos meus amigos optassem por votar em Eduardo Cesar, minha mulher inclusive, ele prometeu que resolveria o problema. É sabido que a Santa Casa, eternamente em crise, é uma espécie de caixa-preta. Guarda segredos e esconde privilégios inaceitáveis aos parâmetros de Ubatuba. A melhor forma de começar a tão esperada – e prometida - mudança é dar transparência aos fatos. Há supersalários como dizem por aí? Quem são os Marajás da Saúde? Vamos revelar, contar ao público onde vai parar o dinheiro dos impostos. Sinceramente acredito no empenho do governo, que tem mostrado interesse em descascar o abacaxi. No entanto, sei que será preciso coragem para romper com as práticas nefastas de muitos anos. Eduardo Cesar terá apoio para desatar o nó, o povo está cansado de promessas vãs e atendimento questionável. O momento pede ação, o governo não poderá deixar para depois, como fez com os quiosques. Agir ou tergiversar, qualquer que seja a opção, o resultado será colhido em 2008. O tempo voa...

Sidney Borges

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