Boeing da Gol

Diálogo revela que pilotos do Legacy podem não ter dito toda a verdade

Por Alexandre Oltromari, em Veja
O acidente com o Boeing da Gol, a maior tragédia da aviação brasileira, ainda está encoberto por uma nuvem de suspeitas. (...) As autoridades querem entender por que os controladores de vôo permitiram que duas aeronaves trafegassem em rota de colisão e descobrir os motivos que levaram o jato Legacy a voar por quase uma hora com o transponder (aparelho que fornece aos controladores de vôo a altitude exata do avião) inoperante. Os controladores nunca explicaram o que aconteceu. Os pilotos do Legacy, por sua vez, apresentaram uma versão em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, concedida nos Estados Unidos. Joe Lepore e Jan Paladino contaram que em nenhum momento perceberam que o transponder estava desligado. "Não havia durante o vôo a indicação na cabine de que ele estava inoperante", disse Paladino. Nada os desmente no que diz respeito ao vôo antes do choque com o Boeing. Depois do choque, revelam os diálogos, eles subitamente viram que o equipamento anticolisão, o TCAS, estava desligado. Nas aeronaves mais modernas, como o Legacy, o transponder funciona acoplado ao TCAS. Se o TCAS estava desligado, o transponder também estava. Os pilotos do Legacy podem não ter falado toda a verdade. VEJA teve acesso aos diálogos dos pilotos na cabine de comando do Legacy. Eles mostram que Lepore e Paladino, ao contrário do que dizem, descobriram, após o acidente, que viajaram com o mecanismo anticolisão desligado.

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